Mais confiante e resoluto do que nunca, o Remo conseguiu superar as dificuldades de entrosamento para passar como trator sobre o Manaus, ontem à tarde, no Mangueirão. Foi a melhor atuação azulina após a campanha na Série C; não apenas pelo placar elástico, mas pelo encaixe de jogadas pelos lados e o ótimo aproveitamento nas finalizações.

O Manaus teve um começo mais insinuante, mas logo o Remo tomou as rédeas da partida. Os gols surgiram a partir dos 15 minutos. Hélio Borges fez o primeiro, marcou o segundo aos 16′ e Lucas Siqueira chegou ao terceiro dois minutos depois. Aos 23’, Wallace aproveitou jogada de Hélio e fez 4 a 0. Lances rápidos, inteligentes e bem definidos, envolvendo por completo a última linha amazonense.

O Manaus chegava esporadicamente, ainda assustado com o ritmo imposto pelo Remo. As melhores jogadas foram com Gabriel Davis e Edvan, mas a zaga e Vinícius evitaram que o Manaus tirasse a diferença.

No 2º tempo, os azulinos tentaram esfriar o jogo tocando a bola e acabaram sofrendo um susto com a reação do Manaus, que descontou com Luís Fernando e Diego Rosa, em pênalti inexistente que o atrapalhado árbitro tocantinense marcou. Incomodado, o Remo voltou a apertar e fez mais dois, com Tiago Miranda e Laílson. Podia ter chegado a sete ou oito gols – Wellington e Felipe Gedoz (duas vezes) perderam ótimas chances.

Era visível o controle que o Remo tinha das ações, apesar de alguns erros bobos na construção de jogadas. Paulo Bonamigo reagiu fazendo três mudanças – Warley, Lailson, Tiago Miranda e Dioguinho substituíram a Pingo, Augusto, Wallace e Hélio. O time ganhou ânimo novo para voltar a sufocar o adversário, e os gols acabaram saindo naturalmente.

A sincronização de jogadas no ataque foi o ponto alto do Remo no jogo. Quando a bola saía do meio-campo encontrava sempre os atacantes bem posicionados. Hélio foi o grande destaque pelos dribles e agressividade. Lucas voltou a atuar em bom nível, marcando e apoiando.


As laterais também responderam bem à velocidade imposta desde os primeiros minutos. Wellington e Marlon funcionaram praticamente como alas, aparecendo para tabelar junto à área e cruzando com apuro.

O Leão terá o Brasiliense como rival na decisão. O time do Distrito Federal eliminou o Vila Nova na outra semifinal, vencendo na disputa de penalidades. O jogo de ida será domingo (21), na Boca do Jacaré, no DF, às 15h30. A volta será quarta-feira (24), no Mangueirão, às 16h.

Será a segunda participação do Remo como finalista em sete edições da Copa Verde. A primeira foi em 2015 tendo o Cuiabá como adversário. As circunstâncias peculiares da perda do título deixaram um trauma que os azulinos não assimilaram até hoje. A partir deste domingo (21), em dois jogos (com VAR), o Leão tem a chance da redenção.

Um placar que não acontecia desde 2019

A última goleada obtida pelo Remo por seis gols foi contra o Atlético Acreano, pela Copa Verde 2019. Jogo terminou 6 a 1 para o Leão.

Já o último escore de 6 a 2 ocorreu em 29 de março de 2009, contra o Ananindeua, pelo Campeonato Paraense daquele ano.

O registro é do amigo e pesquisador Jorginho Neves.

Papão segue apresentando suas armas

O volante Elyeser, 30 anos, é o sexto reforço do PSC para o Campeonato Paraense. Depois de alguns dias de negociação, o jogador nascido em Abaetetuba fechou acordo e vai pela primeira vez vestir a camisa de um clube paraense. Pela experiência, chega para ser titular ocupando um espaço que era de Uchôa na temporada passada.

Elyeser não passou pelos clubes do Pará. Ainda adolescente foi indicado ao Santos pelo amigo Giovanni, um dos ídolos do Peixe e natural de Abaeté como o volante.

Pouco conhecido, mas com carreira satisfatória em clubes da Série B (Goiás, Coritiba e Figueirense foram seus últimos clubes), sua contratação tem aval do técnico Itamar Schülle e visa fortalecer um setor que foi desmanchado com a barca de liberações anunciada em janeiro. Jonathan, que está no Náutico, pode ser anunciado nos próximos dias.

Ranking da Fifa e o samba de uma nota só

Sempre tive a maior curiosidade a respeito do encanto que os estatísticos da Fifa nutrem pela Bélgica. Sai ano, entra ano e a seleção de Kevin De Bruyne desponta sempre em primeiro lugar no ranking de seleções, mesmo que não tenha feito nada de relevante para ostentar.

O levantamento inicial de 2021 mantém a escrita. Os belgas puxam a fila, seguidos pela campeã mundial França e pelo Brasil. A diferença entre eles é de apenas 37 pontos e foram contabilizados 43 jogos internacionais.

O Marrocos, campeão africano, ganhou duas posições e aparece agora na 33ª posição. Mali, vice-campeã, foi quem mais avançou, ganhando três posições e se estabelecendo na 54ª colocação neste momento.

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