A cada rodada que passa fica mais difícil a missão do Paysandu para se classificar para a segunda fase da Série C do Brasileiro e, assim, manter-se na briga pelo acesso. Faltam cinco jogos e desses o Papão tem que vencer pelo menos quatro para a matemática estar ao seu lado. Dos adversários que ainda vai encarar, hoje o time bicolor terá pela frente um dos rivais pela vaga em aberto, o Jacuipense-BA. Ou seja, já não bastassem todas as peculiaridades que os jogos restantes trazem, o de logo mais no estádio Pituaçu tem mais esse.

O time baiano ocupa a sexta colocação com 17 pontos, um a mais que o Paysandu, que está na sétima posição. Os dois fazem campanhas irregulares, com a diferença de que o Papão não conseguiu ainda acertar uma sequência significativa de bons resultados. Mesmo com essas posições, o site de estatísticas e probabilidades esportivas Chance de Gol aponta o time alviazul com bem mais chances que o adversário de hoje. Fora os três primeiros colocados e virtualmente classificados, incrivelmente o Bicola aparece com maiores chances de classificação no grupo com 38,6% de chances de seguir adiante, bem mais que os 8,2% que o Jacuipense.

O técnico João Brigatti tem mais uma vez o elenco todo à disposição e o desafio de fazer o Paysandu jogar bem. Aliás, os jogadores garantem que o Papão está jogando bem, o que não está acontecendo é a tradução disso em gols. “A gente tem que aproveitar nossas boas atuações e transformar isso em vitória. Estamos jogando bem, mas sem conseguir vencer”, disse o goleiro Paulo Ricardo. “Estamos fazendo bons jogos, estamos tendo volume de jogo e criando bastante. O que tem faltando é o último passe, o último toque para o gol. Precisamos de um pouco mais de concentração”, completou o atacante Erick Bessa.

O atacante Uilliam Barros é outro a defender que o Paysandu tem tido boas atuações e que está esbarrando em pequenos ajustes. Ele sabe que se o time não “colocar o pé na forma” dificilmente conseguirá salvar a temporada, por isso prega a solução dos problemas no último toque. “São pequenos detalhes tanto dentro quanto fora de casa. A gente tem pecado em momentos cruciais. Mas, enquanto tivermos chances, vamos continuar firmes”, disse. “A meta é chegar ao G4 e se classificar para a fase seguinte. Queremos estar entre os quatro primeiros e seguir na disputa. Estamos vivos. Estamos a dois pontos do G4. Enquanto tivermos chances vamos continuar brigando, pois esse é nosso objetivo”, completa Uilliam.

URGÊNCIA


Bicolores sabem que não há mais tempo a perder

“Não tomar gols é um bom passo para chegar ao nosso objetivo”. A afirmação do goleiro Paulo Ricardo vai ao encontro do que querem os bicolores. Mas as palavras de ordem, a garantia de que todos na Curuzu acreditam na classificação, tudo pode se desmanchar no ar se os bons resultados não vierem de imediato. Não há mais tempo para se deixar algo para depois. “Acredito em nosso elenco, ele sabe aguentar essa pressão e está preparado. Estamos consertando algumas coisas nossas para melhorarmos. Temos que ter algo que ainda não tivemos no campeonato, que é uma sequência de vitórias. Só assim para seguirmos adiante”, completou o arqueiro bicolor. Erick Bessa salientou o equilíbrio da Terceirona como uma das explicações para a gangorra que tem sido a campanha bicolor, mas garante que ainda aposta no trabalho que vem sendo feito no clube. “O que a torcida pode esperar do Paysandu é uma equipe aguerrida em campo. Sabemos da nossa qualidade”. O também atacante Uilliam Barros prega algo semelhante, de que não há tempo para reclamar do que não foi feito e sim em focar no desafio da vez. “A gente vem de jogos onde criamos situações e tem faltado sorte para a bola entrar. Nosso papel é continuar trabalhando forte e nunca desistir”. É a mesma opinião do volante PH, que prega um jogo sem erros para o time se reencontrar com os três pontos “A fase da competição diminui a margem de erro para quase zero. Vencendo a gente olha para cima, perdendo a gente olha para baixo. Não podemos mais vacilar se quisermos pensar em classificação”.

FINALIZAÇÕES

Um dos trabalhos feitos pelo técnico João Brigatti na semana que passou foi referente à forma como o time vinha se portando em campo. Não necessariamente ao sistema tático, mas quanto a dar mais tranquilidade ao time. No empate com o Manaus-AM, ele detectou que a equipe bicolor pecou demais no ataque pela ansiedade de voltar a vencer e melhorar a situação do time na tabela de classificação. Para o treinador, um defeito que se for solucionado por ter consequências significativas hoje à tarde.

“Senti no último jogo que alguns atletas estavam um pouco ansiosos nas finalizações, o que atrapalha um pouco. Procurei aprimorar essa situação nos treinamentos e dar mais tranquilidade aos jogadores. Tudo para que a gente possa envolver o adversário e concluir a gol”, confirmou Brigatti.

O volante PH ressaltou que essas cobranças valem dos atacantes aos defensores. “As cobranças têm que ser com o elenco inteiro. Não é somente no último passe que estamos errando”, observou o meio-campista, de que a responsabilidade é de todos os jogadores em todos os setores do time. “Não podemos mais nos dar ao luxo de vencer só em casa. A competição exige que a gente pontue dentro e fora e vamos buscar esses três pontos. Temos que fazer a nossa parte e depois pensar no que os rivais fizeram”, completou.

Já Bessa resume tudo em uma afirmação que explica bem a situação atual do Papão na Terceirona. “Não existe outro caminho para buscarmos nosso objetivo que não seja vencer os jogos restantes”.

Jacuipense também quer o G4

l Depois de dois jogos fora de casa e sem vencer, o Jacuipense volta a Salvador (BA) tendo que vencer para, assim como o Paysandu, manter-se perto do G4. Mais do que isso, se conquistar os três pontos e Manaus-AM e Ferroviário-CE empatarem, será ele o novo integrante do grupo dos quatro primeiros.

l Dos dois jogos fora, o Leão do Sisal conquistou apenas um ponto, o que emperrou momentaneamente a recuperação que estava em curso. Para o volante Raniele, faltou tranquilidade nos dois últimos compromissos e que a reabilitação passa em aproveitar melhor as chances criadas. “Temos que ter mais tranquilidade no próximo jogo e matar os jogos quando tivermos.

(Diário do Pará)

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