Apesar do bom início de Campeonato Paraense, levando em consideração os resultados, o Clube do Remo enfrenta o maior adversário fora dos campos. Nesta sexta-feira (11), o presidente do Leão Azul, Fábio Bentes, deu uma entrevista coletiva para falar sobre os valores dos ingressos comercializados nos jogos do time e dos problemas financeiros que a diretoria vem enfrentando.

“Gostaria de explicar que o preço do ingresso não é decidido
do nada. Uma série de fatores é levada em consideração, entre eles a nossa
capacidade de investimento para determinado período. É importante que o
torcedor entenda algumas situações que estão acontecendo no clube. Primeiro,
quando o ano inicia, começamos sem receita, pois tanto a verba de transmissão
de campeonato, que gira em torno de R$ 800 mil, quanto a do Banpará para o
Campeonato Paraense, em volta de R$ 500, 600 mil reais, já estão destinadas à justiça do trabalho. Ou seja, na somatória dessas receitas,
em torno de R$ 1,5 milhão não entra no Remo desde
2014. Paralelo a isso, tivemos o rebaixamento, que não estava nos planos de ninguém.
Estamos iniciando sem nenhum tipo de cota de transmissão do Campeonato
Brasileiro. Teremos uma ajuda da CBF, com uma parcela de R$ 250 mil que só
chegará mais à frente. No momento, o que temos de certo, é a receita da
bilheteria e do aspecto comercial do clube, como venda das camisas e produtos.
Só esse valor, sem bilheteria, não faz frente à folha de pagamento. Então, quando
definimos o valor dos ingressos, estava associado ao que precisaríamos para
fazer frente às despesas mensais do Clube do Remo, para que não voltássemos à
estaca que existia antes de assumirmos, que era o constante atraso salarial, o
que não é agradável para ninguém”, explicou.












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O torcedor azulino está na bronca com tudo o que vem acontecendo, que teve como estopim o fantasma do rebaixamento à Série C do Brasileiro. Reflexo disso são os baixos públicos que o Leão Azul recebeu nos dois jogos que fez no Baenão neste ano. Além do criticado desempenho da equipe, os valores dos ingressos não estavam agradando, o que fez a diretoria reduzir os preços.

“Nós monitoramos as mídias sociais. Vimos reclamações e
alguns argumentos são pertinentes e, para esse jogo com a Tuna, resolvemos fazer
um ingresso promocional. Primeiro um lote reduzido de mil ingressos para cada
uma das arquibancadas a R$ 20 e depois passando para R$ 30, até porque é um
jogo estratégico e importante. Atendendo também aos apelos da torcida,
decidimos reduzir. Para que tenhamos o time cada vez mais forte estamos
buscando reforços e contratações para o Campeonato Paraense, já visando a Série
C, mas para isso precisamos ter receita. Sem isso é difícil contratar. Hoje,
temos uma folha de jogadores em torno de R$ 350 a R$ 400 mil. Outros custos
chegam a R$ 250, R$ 300 mil, que são despesas com funcionários, comissão
técnica e com a manutenção da estrutura. Então, eu diria que o custo atual do
Remo gira em torno de R$ 650 mil mensais de despesas fixas. Nós
precisamos arrecadar isso de dinheiro corrente, mas não estamos conseguindo.
Estamos em déficit e hoje teremos dificuldades para honrar os compromissos por
conta da baixa arrecadação nos dois primeiros jogos. Tenho a expectativa para
melhorar isso já no domingo. Mesmo lotando o Baenão, não teremos o suficiente
para honrar com os nossos compromissos. Estamos buscando outras alternativas,
porque não queremos deixar atrasado”, enfatizou o mandatário.












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Fábio Bentes disse que não fará loucuras financeiras no Clube do Remo, pois caso não honre os compromissos, as consequências serão grandes. Ele ressaltou, novamente, a importância de que o Filho da Glória e do Triunfo consiga boas arrecadações de bilheteria para que possa formar um time com jogadores melhores e, consequentemente, uma equipe competitiva.

“Todos sabem que fazemos uma gestão pé no chão. Quando
assumimos o clube, não prometi sonhos, nem loucuras, mas gastar o que o clube
arrecada. Então, quando não conseguimos gerar uma arrecadação financeira que
seja satisfatória, fica difícil voos maiores, pois não vou me comprometer em
pagar e no fim do mês não ter dinheiro. Só temos a perder com isso. Se tiver
que fazer uma escolha entre um time que custe menos, mas que consigamos pagar,
e um que custe mais, porém que nós começamos a ter atrasos de salários, sabendo
das consequências, vou sempre optar por gastar um pouco menos, mas que a gente
consiga pagar. Então, a importância para conseguir boas bilheterias está
diretamente ligada com a capacidade de investimento, portanto, com a capacidade
de contratar melhores jogadores”, finalizou. 

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