posse de Fábio Bentes como novo presidente do Clube do Remo foi imediata e, pelo visto, as primeiras medidas da nova diretoria também serão tomadas a toque de caixa. Um dos primeiros atos, de acordo com Bentes, será a realização de uma auditoria interna para se ter conhecimento da vida financeira da agremiação. O intuito é fazer o comparativo de tudo o que entra e o que sai dos cofres da instituição. Além disso, no carro-chefe do clube, o futebol, as coisas parecem estar bem adiantadas.

Conforme Fábio Bentes, a equipe que irá administrar o futebol já está praticamente sacramentada. “Foi nomeado, até o momento, apenas o Dirson Neto, que será diretor de futebol, e que teve um trabalho muito positivo em 2015, quando exerceu a mesma função. Ainda estamos analisando dois nomes, mas que estão adiantados (na negociação)”, disse. “O planejamento está pronto e vamos decidir apenas esses detalhes para seguir com aquilo que nos comprometemos”, completou Bentes. Embora não tenha adiantado o nome dos profissionais que irão compor o departamento de futebol do Leão, ao lado de Dirson Neto, uma fonte no clube informou o nome dos outros dois dirigentes: Yan Souza Oliveira e Paulo Mota Filho. Os dois ainda aguardam detalhes da negociação para ratificarem suas participações na pasta.

A nova gestão azulina também deverá anunciar já nos próximos dias, além dessa composição do departamento de futebol, o novo executivo do setor. A função, que vinha sendo exercida por Ari Barros, agora deverá contar com Luciano Mancha, que já passou pelo Sampaio Corrêa-MA e por último estava vinculado ao River-PI.

De acordo com Dirson Neto, diretor de futebol nomeado pela administração, o grupo já tem em mente jogadores e os mecanismos para dar o respaldo ao planejamento.


“Temos toda uma estrutura montada. Não queremos que seja bate-volta, subir e cair. É vencer por merecimento. Já temos uma base de atletas, cerca de 16, entre categoria de base, Segundinha e remanescentes. Temos ainda alguns nomes que serão debatidos, com a presença do executivo, para vir de outros eixos”, comentou o dirigente, adiantando, ainda, que a folha salarial do futebol não deverá ser superior a R$ 280 mil. “O controle com os gastos será minucioso. Esses cuidados são necessários para, enfim, modernizar o clube”, pontuou.

NÚMEROS

R$ 280 mil – Teto estipulado para a folha salarial do futebol azulino no próximo ano.

Baenão e base serão os alicerces do Leão Azul

Previsão é de que o estádio volte a ser utilizado para jogos oficiais já durante o Parazão 2019 (Foto: Samara Miranda/Remo)

Fora o cuidado administrativo/operacional com que a atual gestão tentará emplacar no futebol, todos os envolvidos estão cientes de que dois pontos precisarão estar no centro das prioridades a partir de agora para ajudar nessa alavancada remista: a valorização do futebol de base e a reabertura do estádio Evandro Almeida, o Baenão.

Quanto ao primeiro tópico, o presidente Fábio Bentes salientou que serão feitos investimentos nas categorias de base, utilizando para isso parte de valores arrecadados com as próprias negociações de revelações. “Entendemos que vamos trabalhar com um treinador (Netão) que conhece bem a base. Colocar em prática é necessário. E, uma parte do que for arrecadado na venda será aplicada na própria base, ou seja, retornará para a formação de mais atletas”, explicou.

Já com o estádio do Baenão, a expectativa é que ele seja utilizado ainda no Campeonato Estadual. “Voltar a jogar no nosso estádio tem uma importância direta nas finanças do clube. Hoje o Remo não recebe nada com a venda dos bares e estima-se uma receita líquida de R$ 30 a 40 mil reais por jogo com a venda de bebidas, valor esse que passaríamos a ganhar se jogássemos no Baenão. Estive conversando com o projeto Retorno do Rei, que vem fazendo um trabalho belíssimo na recuperação. Já temos o planejamento montado e sabemos exatamente o que precisa ser feito”, ponderou o presidente.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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