Após a aprovação da Junta Eleitoral do Clube do Remo, validando a participação de Manoel Ribeiro e Hilton Benigno no pleito presidencial do dia 10 de novembro próximo, o atual cartola até esboçou confiança em uma reeleição tranquila para dar sequência às suas atividades como líder do Conselho Diretor (Codir). Porém, caso sua participação na gestão seguinte seja ratificada, o Marechal precisará rebolar para se desvincular das acusações sofridas nas vésperas das eleições. Não satisfeito com a decisão da comissão eleitoral, novamente o associado Antonio Alexandre Câmara Monteiro entrou com pedido de impugnação da chapa da situação, dessa vez com direcionamento à Assembleia Geral da instituição. A solicitação foi protocolada na manhã de ontem, na sede social da agremiação.

  • João Moscoso, presidente da Junta Eleitoral, encaminhou toda a documentação reunida, entre acusação e defesa, ontem à tarde, ao presidente da Assembleia Geral, Robério Abdon D´Oliveira. De acordo com Moscoso, essa é a ultima instância de recursos dentro do clube, sendo assim, a depender da decisão da A.G., a justiça comum poderá ser acionada. “Conforme a nossa competência, julgamos aquilo que entendemos baseado no estatuto. O associado tem o direito de recorrer e foi feito. Encaminharei ao Dr. Robério para, agora, ser decidido pela Assembleia Geral”, explicou.

Diferentemente da Junta Eleitoral, que definiu a situação com 24h a partir da entrada do recurso, nessa última súplica o tempo é variável. Isso porque, segundo o estatuto azulino, é basicamente destacado apenas que a decisão precisa ser tomada antes da eleição. Sendo assim, a expetativa pela resposta pode durar até 19 dias, ou seja, até o dia do pleito. Além, é claro, da possibilidade do caso ir à justiça comum, o que adiaria o processo eleitoral até uma decisão definitiva. “Existe a possibilidade para ir à justiça comum. Isso, sem dúvidas, atrasaria o desenvolvimento da eleição, podendo ser anulada até a decisão deste caso”, pontuou João Moscoso.


Pego de surpresa, Manoel Ribeiro, por sua vez, manteve a serenidade ao avaliar nova tentativa de impedir sua participação na corrida presidencial. Segundo o Marechal, o mesmo está “suave na nave”. “Eu sou um cara tranquilo. Naquele primeiro momento, confesso que não entendi e reagi mal. Estão trazendo um ‘laranja’ para me derrubar. Vamos ver no final quem estará errado”, destacou.

PARA ENTENDER

A decisão da Assembleia Geral azulina pode ser tomada até o dia do pleito e é a última instância dentro do clube. O caso ainda pode seguir para a justiça comum se uma das partes quiser recorrer.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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