Principal aposta do Paysandu para a temporada, sendo apontado como a estrela maior entre os 24 atletas contratados na gestão do ex-presidente Sérgio Serra, o meia Diogo Oliveira, 35 anos, não tem correspondido ao investimento feito pelo clube. O jogador, que teria, segundo se especula na Curuzu, o maior salário do elenco, desde o início do ano tem atuado muito pouco pelo time. Tantas foram as partidas em que foi substituído ou entrou no lugar de algum companheiro, que já é taxado de atleta de um tempo só.

A estreia do apoiador com a camisa do Paysandu, após ter deixado o Brasil-RS, aconteceu na vitória (3 a 0) sobre o Castanhal, na abertura do Parazão. Já naquele jogo, Diogo acabou sendo sacado pelo técnico da época, Marcelo Chamusca, para a entrada de Daniel Sobralense. De lá pra cá, foram 31 partidas feitas pelo meio-campista, mas em apenas 5 delas ele conseguiu começar e terminar os 90 minutos, totalizando, portando, a minguada marca de apenas 450 minutos em campo.

Em outras 12 partidas, o meio-campista até entrou jogando, mas, por um motivo ou outro, acabou sendo sacado para a entrada de algum outro companheiro. Em outros 14 compromissos do time, Diogo começou a partida no banco de reservas, entrando em campo no decorrer dos 90 minutos, na maioria das vezes já no segundo tempo. Em sua última atuação, para não fugir a regra, o apoiador foi sacado do time, no segundo tempo, quando já dava sinal de não ter mais pernas para permanecer em campo, o que levou o técnico Marquinhos Santos a aproveitar para promover a estreia do atacante Magno.

SEM COMBATE


O Papão já fez, este ano, um total de 36 partidas oficiais por quatro competições diferentes – Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e Série B do Brasileiro, está última ainda em andamento. Diogo ficou de fora do time em 5 partidas. Na maioria das vezes por ter contraído algum tipo de lesão, o que o obrigou a passar por tratamento no Departamento de Saúde do clube.

O histórico veio cheio de boas referências

Diogo Oliveira chegou à Curuzu trazendo na bagagem a fama de ser o maestro do Brasil de Pelotas, sua ex-equipe. Pelo time gaúcho, o meio-campista chegou a enfrentar o Paysandu, quando despertou o interesse dos dirigentes do Papão em sua aquisição.

Natural do Rio de Janeiro, onde começou a carreira profissional, defendendo o São Cristóvão, o jogador atuou por 101 vezes com a camisa do time do Sul, marcando 12 gols ao longo desse período. O atleta, antes mesmo de deixar a cidade de Pelotas, já fazia planos de repetir, com a camisa bicolor, o mesmo bom desempenho que teve no futebol dos Pampas.

“Da mesma forma que fiz aqui em Pelotas, espero conquistar o torcedor do Paysandu com muito trabalho e com muita dedicação”, declarou, logo após ter o seu nome anunciado, em Belém, pela direção do Papão.

Mas, assim como não tem conseguido manter uma regularidade defendendo o Papão, em termos de gols, que, diga-se, não é a função prioritária do atleta, ele tem sido pouco feliz. Em 31 partidas foram apenas 4 gols do jogador em 3 competições: Parazão (1 gol), Copa verde (2 gols) e Copa do Brasil (1 gol). Na Série B do Campeonato Brasileiro, em 10 jogos, ele ainda não conseguiu balançar a rede adversária

(Nildo Lima)

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