O Campeonato Estadual está bem perto de uma definição. O encontro previsto para a manhã de hoje entre o governador Helder Barbalho, os presidentes de clubes e representantes da Federação Paraense de Futebol deve sacramentar a aprovação do protocolo de segurança para a volta dos jogos e a data de reabertura da competição.

Ontem, durante reunião no Ministério Público do Estado, em torno do protocolo de treinos e jogos, teria sido revelado pelo diretor da FPF, coronel Cláudio Santos, o dia 12 de agosto como provável data dos jogos da 9ª rodada do Parazão, marcando o reinício do campeonato.

Essa revelação, divulgada pelo presidente do PSC, Ricardo Gluck Paul, não foi confirmada por Cláudio em declaração prestada à Rádio Clube do Pará. Não falou sobre a obrigatoriedade de participação de todos os clubes no torneio, também citada por Ricardo.

Apesar dos muitos pontos de discórdia esboçados nas reuniões feitas pela FPF e clubes, é natural que a federação tenha em mente uma data para recomeçar o campeonato. Afinal de contas, a entidade existe para isso: organizar e cuidar da realização das competições.

Estranho seria se a FPF estivesse alheia à necessidade de estruturar as condições necessárias para que o certame estadual recomece ainda em agosto, após as sete semanas previstas para treinos e preparação dos clubes.

Os pontos que geram dúvidas se referem ao pagamento das despesas com os jogos. Cada partida deve custar aos clubes mandantes cerca de R$ 10 mil, valor considerado proibitivo diante da ausência de receita, visto que os jogos não terão cobranças de ingressos.


Há a expectativa de que a novela que mexe com corações e mentes da torcida paraense finalmente ganhe um desfecho nesta sexta-feira. É bem provável que a FPF, após aprovação pública do protocolo pelo governador, anuncie a data oficial de reabertura do campeonato, 9 ou 12 de agosto.

Na mesma ocasião, o governo do Estado irá apresentar o projeto da obra de revitalização do estádio Jornalista Edgar Proença, cujo início deve ocorrer somente depois do encerramento do Parazão.

Direto do blog campeão

“De antemão ressaltando meu profundo respeito ao contraditório, declaro pensar quase 100% diferente do amigo George Carvalho (cujo comentário foi publicado na coluna de ontem).
Diminuir as cotas de patrocínio do Parazão em nada ajudará com mais recursos à saúde e educação, pois essas estão diretamente ligadas ao Orçamento Fiscal, enquanto os recursos oriundos da Funtelpa e Banpará vêm de fundos administrados pela administração indireta.
Por enquanto, o grande problema das duas maiores secretarias estaduais estão lá em Brasilia, desde quando foi parida a tal de ‘PEC do Teto’, que surrupiou dinheiro do pré-sal a ambos os setores, um crime de lesa pátria que retardou o alcance de metas pactuadas com a Unicef, agravado pela passagem de um asno pela presidência e dois jumentos pelo MEC.
A ideia de proibir inversão de mando de campo é providência urgentíssima, apesar de ir contra a volubilidade argentária da FPF, por isso mesmo tornando-se mais urgente.
Todavia, fixar idade para o exercício de qualquer profissão é coisa que nem o Duce ousou; assim como obrigar que egressos da base tenham prioridade na escalação das equipes é absurdo capaz de dispensar a presença de treinadores futuramente.
Enfim, má gestão não se cura com autoritarismo ou punitivismo nos moldes herdados do medievo, mas com mais democracia e transparência na perspectiva da purgação do atraso”.

Jorge Amorim, sobre a ajuda que o governo do Pará dá aos clubes

Cenografia da emoção ou gourmetização do aplauso?

Fiquei abismado ao receber uma matéria sobre a ferramenta criada para que o torcedor tenha uma nova experiência ao ver seu time em campo, mesmo não estando presente ao estádio. A empresa que está faturando com isso tem como embaixadores os ex-atletas Rivaldo e Berbatov.

O campo de experiências é a atual retomada dos campeonatos europeus, como La Liga e Premier League. Como as partidas de futebol estão acontecendo em estádios sem público, a preocupação é manter viva a emoção dos torcedores através das transmissões na TV.

A grande sacada é um equipamento que simula sons e reações das torcidas. Através de um site, os torcedores podem selecionar um sentimento em relação ao jogo. Enquanto a bola rola, sons característicos de um estádio são apresentados com a possibilidade de filtrar o ânimo do torcedor.

Entre as 12 opções disponíveis estão: o pontapé inicial, faltas mais duras, vaias ao rival ou ao juiz e lamento por perda de bola. Também há sons para jogadas perigosas, comemoração de gol e, logicamente, o apito final.

A modernidade é uma cornucópia de surpresas.

O legado de presunção e egolatria de Luxa no Real

O jornalista Rafa Cabeleira, do jornal El País, ao comentar a postura oblíqua de Quique Setién no comando do Barcelona, utilizou a passagem de Vanderlei Luxemburgo pela Real Madrid como exemplo (negativo) de técnicos que chegam prometendo glórias e páginas na história do clube.

É interessante a imagem que Luxa deixou por lá. “Pelo menos à distância, tinha a autoconfiança própria de um deus, a tal ponto que não hesitou em se apresentar nas coletivas de imprensa vestindo uma jaqueta jeans de acomodação duvidosa das zonas nobres de Chamartín”.

Cabeleira relembra também a entrevista que o treinador deu a O Globo dizendo que nasceu para vencer e tecendo loas aos profissionais do Brasil. “Na Europa, eles não estão acostumados a trabalhar como nós. No Brasil somos competentes, somos especialistas em futebol”.

No fim das contas, como se sabe, Luxemburgo ficou menos de um mês no comando do Real, entre janeiro e dezembro de 2005, realizando 45 partidas como comandante dos galácticos – sem alcançar as glórias que tanto prometeu.

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