A Confederação Brasileira de Futebol realizou uma mudança em seu estatuto nesta quinta-feira, fortalecendo ainda mais a influência das federações estaduais na entidade. Com as alterações, os clubes brasileiros terão seus poderes reduzidos nas eleições presidenciais da CBF.
Inicialmente o colegiado eleitoral era composto pelas 27 federações estaduais e os 20 clubes representantes da Série A do Campeonato Brasileiro. A inserção dos outros 20 clubes que disputam a Série B faria com que as equipes brasileiras teriam mais poder, uma vez que estariam em maior número, e assim conseguiriam eleger o presidente que entendessem ser o melhor para o futebol no país, entretanto, não será bem isso o que vai acontecer.
A mudança realizada pela CBF diminuiu o peso dos votos dos clubes na eleição. De agora em diante, os votos das federações estaduais têm peso três, os dos clubes da Série A têm peso 2, enquanto os dos clubes da Série B têm peso 1.
Na prática, as federações teriam 81 votos, contra 60 se somados os dos clubes da Série A com os da Série B. Com 21 a menos, as equipes não têm poder suficiente para ditar o rumo das próximas eleições da Confederação Brasileira de Futebol.
Federações de estados com pouca tradição no futebol, como Espírito Santo, Rondônia, Roraima, Acre, entre outras, passam a ter uma voz mais ativa nas eleições presidenciais do que os principais clubes do futebol brasileiro.
Para completar, a CBF também manteve o regulamento que proíbe qualquer candidatura independente ao cargo presidencial da entidade. Para se tornar candidato, o sujeito precisa do apoio formal de oito clubes e outras cinco federações estaduais, que geralmente não apoiam oposicionistas.
Fonte: Gazeta Esportiva