Em sua entrevista coletiva pós-jogo, o técnico do Clube do Remo, Marcelo Cabo, não escondeu a tristeza por cair na 3ª fase da Copa do Brasil após derrota nos pênaltis diante do Corinthians (5 a 4), após ter sofrido 2 a 0 no tempo normal. Depois de a equipe azulina ter vencido o jogo de ida por 2 a 0, há duas semanas, no Mangueirão, a confiança era grande na vaga pelo momento caótico vivido pelo time paulista.
“Saímos entristecidos, queríamos muito entregar ao nosso torcedor essa classificação. Eles vieram aqui, nos incentivaram”, comentou Cabo, que apontou o gol sofrido logo aos 2 minutos de jogo como determinante para o andamento da partida. “Tomamos gol muito cedo em uma jogada individual do Adson, ele percorreu quase 30 metros. Tínhamos que ter parado no início da jogada. Isso trouxe o Corinthians para cima da gente, em uma marcação mais alta. Um gol que elevou eles no início da partida”, avaliou.
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“Nós presumimos que podíamos sofrer essa pressão no início do jogo, nos 10, 15 minutos. Era importante suportar isso sem sofrer o gol. Não conseguimos encaixar o nosso jogo nos 15 primeiros minutos, mas depois conseguimos sair da marcação-pressão deles, ter um pouco mais de volume de jogo e encaixar a marcação. O Corinthians teve uma posse de bola muito grande, mas não fomos muito ameaçados no primeiro tempo”, argumentou.
Além de lamentar a eliminação, o treinador ainda questionou a arbitragem em lance que poderia ter resultado na expulsão do meia Adson. “Lamento a não expulsão do Adson aos 28 minutos do primeiro tempo. Eu tenho a imagem, é uma imagem clara para expulsão e nem ao menos foi chamado no VAR. O Adson faz uma falta que é quase na canela do Pedro (Vitor). Acho que uma expulsão no primeiro tempo, de um atleta do Corinthians, mudaria o panorama do jogo”, apontou.
Marcelo Cabo fez questão de elogiar seus jogadores, que foram bravos para resistir à pressão na Neo Química Arena até aos 48 minutos do segundo tempo, quando Roger Guedes marcou o segundo gol corintiano, levando a decisão da vaga para as cobranças de pênalti.
“Tenho que parabenizar meus atletas. Você vai numa Copa do Brasil, contra o Corinthians, e faz um placar agregado de 2 a 2, é competitivo dento da Arena, toma um gol no primeiro minuto, suporta essa pressão, consegue equilibrar o jogo. Meus jogadores estão de parabéns pelos 180 minutos. Lamentamos essa eliminação, por tudo que criamos nesses 180 minutos”, ressaltou o comandante azulino.
“Temos que ser realistas. A atmosfera aqui dentro, a pressão que o Corinthians estava tendo para esse jogo, o comportamento seria diferente do que nos ofereceram lá no Mangueirão. Lá nos ofereceram espaço para jogar, uma marcação menos pressão, menos encaixada. Sabemos da diferença que foi de jogo. No primeiro jogo foi mais confortável com a bola, tínhamos mais espaço. Hoje não, hoje a marcação do Corinthians estava espalhada no mano a mano. Demoramos para sair dessa pressão e tentar jogar. Mas acho que o segundo tempo fizemos uma partida similar da que fizemos no Mangueirão. A diferença é que lá fizemos gol, aqui não”, ponderou.
SEQUÊNCIA DA TEMPORADA
Após a eliminação na Copa do Brasil, resta ao Remo juntar os cacos e voltar suas atenções para a sequência da temporada 2023. A começar pel segunda partida pelas semifinais do Campeonato Paraense, no próximo domingo, às 17h, contra o Cametá, no Baenão. No primeiro jogo, no Parque do Bacurau, as duas equipes empataram em 1 a 1. Agora, quem vencer a partida de volta garantirá classificação para a final da competição estadual.
Já na próxima quinta-feira (4), às 21h30, o Leão Azul estreia na Série C do Campeonato Brasileiro, jogando contra o São Bernardo, no Estádio Primeiro de Maio, no município de São Bernardo do Campo, em São Paulo.
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