O dia 7 de maio de 2015 tinha tudo para ser um dia de glória para o clube do Remo. Tinha – pretérito imperfeito do indicativo.

No meio do caminho, mais precisamente de um caminho de 90 minutos, encontrou uma equipe aguerrida, destemida, que mesmo atrás do placar por 3 gols de diferença, fez por merecer o tão sonhado título da Copa Verde daquele ano.

A tal equipe era a do Cuiabá-MT, time que na época com apenas 14 anos de existência, contra os 110 anos do Leão Azul, mostrou força e ousadia em derrotar o adversário centenário, com uma virada histórica por 5 a 1, deu um ‘Bonito pro cê’ (expressão comumente usada pelo povo cuiabano que indica quando a atitude tomada não foi boa) na equipe paraense. O feito ficou conhecido como ‘Cuiabaço’ e dolorido até hoje para o torcedor azulino.

A SAGA


A taça estava ‘nas mãos’ dos remistas. A primeira partida da decisão foi um atropelo. Disputada em casa, no Mangueirão lotado (30 mil), no dia 30 de abril de 2015, o Leão venceu por 4 a 1, com gols de Rafael Paty (2), Ratinho, Ameixa. Eram 3 gols de diferença, o fez o torcedor delirar, sonhar com o inédito título, e ficar só no sonho.

Seis dias depois, no grande jogo da decisão, em Cuiabá, na Arena Pantanal, o que parecia impossível, se tornou realidade. O Dourado esqueceu que estava em desvantagem e partiu para cima dos paraenses. Raphael Luz marcou 3 vezes, Nino Guerreiro fez um e Dadá marcou contra. Val Barreto ainda tentou e deu um gol de honrar para o Leão. 5 a 1 e “um chocolate”, desta vez bem amargo.

Cuiabá campeão da Copa Verde de 2015. O Leão perdeu ainda a chance de disputar a Copa Sul-Americana do ano seguinte.

Naquele dia 7 de maio, como dizem os cuiabanos: o Cuiabá foi um ‘Cêpo’ (ótimo, grande, admirável) de time, e o Leão ‘Apanhô prá bestera (Apanhou muito).

(DOL)

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