As redes sociais são grandes aliadas de diversas pessoas pelo mundo, principalmente em relação a negócios e interação social. No entanto, também podem ser utilizadas para vários golpes.
Recentemente, vários usuários do Instagram estão publicando, sem autorização alguma, anúncios falsos de uma promoção de óculos Ray-Ban, e com preço bem abaixo da média, o que levantam o alerta aos usuários de que suas informações possam ter sido roubadas.
No Twitter, várias pessoas reclamaram da “publicidade” não autorizada, com alguns deles chegando a confirmar até que contas excluídas foram ressuscitadas sem autorização para republicar o anúncio.
As reclamações se unem a um aumento de denúncias no Reclame Aqui. “Ontem invadiram meu perfil depois que meu filho entrou em site desconhecido. Meu feed começou a postar fotos de ray-ban”, conta uma das vítimas. “Acontece que, hoje pela manhã, estou sendo impedida de acessar minha conta.”
A rede social não respondeu às reclamações mais recentes dos usuários. Porém, uma pesquisa rápida mostra que o golpe, conhecido como “vírus do Ray-Ban”, possui registros de reclamações desde 2018, seguindo o mesmo método do atual.
À época, uma representante do Instagram orientou um usuário, vítima do mesmo golpe, a recuperar sua senha e desvincular a conta de apps suspeitos.
Anúncio do Instagram leva a site de phishing
Longe de ser publicidade involuntária do Instagram, tudo indica que a ação é um golpe de phishing feito com contas roubadas. Neste tipo de ataque, o cibercriminoso engana o usuário com uma promessa de benefício, e faz com que ele clique em um link malicioso que rouba informações. Ou ainda, consegue-as com cadastros em sites falsos.
Neste caso, o endereço divulgado promete descontos de 90% de óculos da Ray-Ban diretamente na “loja oficial”, apenas hoje. O site utiliza os mesmos logotipos, cabeçalhos e produtos da original, porém, com uma landing page que dá direto em produtos promocionais.
No entanto, o próprio site tem uma postura diferente da loja oficial da Ray-Ban — exibindo diversos erros em inglês e a fachada de uma “loja internacional” da empresa em Shibuya, Japão. O site também empurra uma série de “pop-ups” com os itens supostamente recém-comprados, numa medida um tanto predatória para uma das marcas mais famosas de acessórios no mundo.