Diante do Tapajós, na quinta-feira (7) passada, o que mais chamou atenção pelo lado do Clube do Remo antes, durante e após a sua apresentação, foi a franqueza do treinador Márcio Fernandes quanto a falta de postura e limitação da equipe, principalmente em cima do condicionamento físico, já que os profissionais tiveram tempo de sobra para, no mínimo, lutar até o final do jogo em busca de um triunfo. Na mesma linha de pensamento, o novo preparador físico do futebol profissional azulino, André Ferreira, foi mais categórico ao tentar embasar as justificativas do comandante.

  • Com alguns clubes na carreira, por onde divide passagens com o próprio Fernandes, André foi taxativo ao dizer que o desempenho dos jogadores causou espanto. “Em relação ao jogo, nos surpreendeu negativamente. A gente não esperava essa queda de rendimento, porém a gente já sabia, pois algumas pessoas já tinham nos avisado e a imprensa ter também avisado. Mas o que a gente viu nos deixou assustado no momento. A gente controlou e vem controlando nos treinamentos. Vem individualizando nos treinamentos, introduzir os trabalhos de força pra não ter mais esse tipo de problema: físico, sem lesão e sem câimbra”, explicou.

Pelo apresentado pela maioria dos atletas em campo, com as inúmeras paradas no jogo, caso o árbitro quisesse ampliar o tempo de bola, a situação poderia ter sido ainda pior. “Se tivesse mais cinco minutos, a gente poderia ter tomado um gol e o prejuízo seria maior. A gente vem conversando com o departamento de fisiologia para sanar esses problemas, analisar atleta por atleta. Se for o caso, tirar um ou outro atleta pra gente melhorar essa parte física”, disse André Ferreira.


REVERSÃO

O treinador Márcio Fernandes, no pós-jogo, destacou que trabalhos mais intensos serão frequentes para o elenco. Para André Ferreira, o caminho é esse e, questionado sobre o trabalho deixado pelo seu antecessor, preferiu não acentuar a discussão. “Eu não sei como os outros profissionais estavam trabalhando. Passei por situação semelhante e cada um tem a sua metodologia de trabalho. Acho até antiético falar do outro profissional que é meu colega de profissão, e que é muito competente. O que a gente vê é que a mudança de metodologia causa no atleta outro resultado. Daqui para frente vamos intensificar tudo, porque a intensidade é o primordial pra gente”¸ apontou.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

 

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