Na volta aos treinos do elenco bicolor, o goleiro Mota finalmente pôde sentar para uma entrevista coletiva sem que fosse para falar de problemas na defesa e atuações inseguras, e sim para comentar sobre o excelente momento do setor defensivo do Paysandu e, em especial, pelas boas performances que vem tendo nas últimas rodadas. O treino, após a entrevista, sofreu mudanças por causa da forte chuva que caiu sobre Belém durante toda a terça-feira. Para o goleiro, o clima trouxe outro tipo de empecilho. “Difícil é acordar com esse tempo aí”, brincou Mota.

  •  Aos 33 anos, Mota defendeu o CSA-AL ano passado, mas praticamente não jogou. Ao todo, foram sete meses sem entrar em campo até o fim de seu contrato. Na estreia com a camisa bicolor, a goleada de 4 a 1 sobre o São Francisco, na Curuzu, ele não foi poupado das críticas e da desconfiança da torcida. Aos poucos a marcação bicolor foi se acertando, tanto que o time está há quatro jogos sem ter a defesa vazada. Hoje, Mota vive outra relação com a Fiel.

“Graças a Deus estamos realizando bom trabalho, ganhando confiança do torcedor do Paysandu, que cobra tudo do jogador, o que é normal. Já estamos acostumados”, disse. “Em time grande sempre tem cobrança. Isso é normal para um jogador que vinha de sete meses sem jogar, mas aos poucos venho chegando a um bom nível, ganhando ritmo e isso tem ajudado a melhorar meu desempenho”, completou o goleiro, que lembrou do período de inatividade e de adaptação ao novo clube e novos ares.

“Para goleiro, ritmo é essencial. Também estou me acostumando ao clima, a jogar quase sempre com chuva. Nenhum goleiro gosta de jogar com o campo pesado e a bola lisa, mas estou me acostumando também”.


O arqueiro bicolor elogiou o time ao falar sobre a série sem levar gols. De acordo com Mota, com a marcação iniciando no ataque, a missão de quem está atrás fica mais simples. “A melhor defesa é o ataque. A rapaziada da frente tem ajudado muito e as bolas quase não estão chegando atrás e quem está lá tem dado conta”.

E MAIS… 

– Para o goleiro, o time encaixou e o tempo a mais de treinamentos até a volta aos gramados tende a ser benéfico para deixar a equipe numa situação esperada pela comissão técnica. “Vamos ter essas duas semanas para trabalhar, ver onde estamos errando para corrigir. O professor
Brigatti terá o tempo necessário para fazer o que ele pretende”.

– Com a experiência de ter passado por vários clubes e conquistado acessos, Mota garante que as críticas eram encaradas com tranquilidade, sem que isso o abalasse. Ele se mostrava ciente do momento de preparação em que estava e confiante que, aos poucos, o trabalho ia encaixar para que o time chegasse a um bom desempenho.

– “No futebol, tudo é questão de preparação, treinamento, dedicação, sobretudo na posição de goleiro, que é o único jogador que não pode cometer erros e nem falhar no jogo para não ser criticado pelo torcedor”, disse o jogador, que se lembrou do lance em Bragança (defesa no último minuto) e que ele foi fruto do trabalho no dia a dia. “Não foi lance de sorte, não. É coisa de trabalho. Você treina para chegar no jogo e mostrar serviço”.

(Tylon Maués/Diário do pará)

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