Carlos Alberto Parreira atualmente faz parte do grupo de estudos técnicos da Fifa (TSGem inglês) e concedeu uma entrevista coletiva na manhã de quinta-feira. Técnico no tetracampeonato em 1994, ele apontou a falta de experiência, tanto de jogadores quanto da comissão técnica, em um Mundial, e que a equipe não soube lidar com alguns detalhes importantes para conseguir seguir em frente na Copa da Rússia. Além disso, Parreira defendeu Neymar quando ele foi criticado pelo ex-jogador e agora técnico Van Basten, também da comissão.

“Faltou experiência de Copa, tínhamos bons jogadores, mas poucos com Copa (no currículo), assim como o estafe técnico. O Brasil poderia ter ido mais longe… Fomos melhores no segundo tempo, controlamos o jogo, tivemos chance de marcar, mas a Copa é decidida no detalhe”, iniciou Parreira. “Continuamos sonhando em ganhar no Catar. Estamos sempre em busca de ganhar uma Copa do Mundo, é como uma religião para nós”.

O Brasil poderia ter ido mais longe…


Além disso, o ex-técnico disse que é preciso resolver o problema que assombra a Seleção Brasileira, que não chega a uma final desde 2002, quando sagrou-se pentacampeã contra a Alemanha. Também falou sobre a necessária permanência de Tite no comando e que não é só o talento que alimenta um time vencedor: vai muito além disso.

“Não é só saber que há um problema, mas como resolvê-lo também. Vamos para 20 anos sem título, não é fácil ser um campeão do mundo. Não precisa ser só talentoso, se não ganharíamos todas as Copas. Precisa ter fome, ter paixão, ter organização. É muito diferente quando isso tudo está lá, quando há organização e talento, vamos ganhar. Quando falta algo, falhamos. Em 2006 não tínhamos a mesma fome, porque ganhamos em 2002. Os melhores jogadores não foram em sua melhor forma”, observou.

Vamos continuar com o trabalho de Tite. Quero que ele continue. É o melhor caminho para o hexa. Precisamos dos dois: Tite e Neymar

Falando no camisa 10, ao lado de Parreira estavam os outros membros do TSG, sendo que o holandês Van Basten resolveu criticar o brasileiro por suas encenações. “Eu acho que simular não é uma boa atitude. Você tem que ter espírito e isso não vai te ajudar. Eu acho que ele pessoalmente deveria entender essa situação”, disparou.

Parreira, entretanto, saiu em defesa do craque. “Ele é muito agredido também. Ele atrai essa mídia toda contra ele. O importante é que ele pode nos ajudar”, finalizou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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