A saída do técnico Gustavo Morínigo e de sua comissão técnica não resolve a crise que o Clube do Remo enfrenta na Série C do Campeonato Brasileiro. Embora a decisão tomada após o empate sem gols contra a Tombense no último domingo (19) tenha sido necessária, os problemas da equipe vão muito além do comando técnico.

O planejamento do Remo para a atual temporada está comprometido, refletindo um elenco caro que, até agora, não mostrou ser competitivo, organizado ou equilibrado. Desde o início do ano, foram fracassos consecutivos no Parazão, na Copa do Brasil, na Copa Verde e, agora, uma campanha de time rebaixado na Série C. Portanto, é evidente que Morínigo não pode ser o único responsabilizado pela má fase do time em 2024.

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Com a demissão do técnico paraguaio, o clube agora busca um novo treinador para tentar reverter a situação. No entanto, outros desafios precisam ser enfrentados. A equipe apresenta problemas físicos significativos, com queda de rendimento nas segundas partes dos jogos e uma alta incidência de lesões musculares. A lesão mais recente foi do lateral-direito Thalys, um dos poucos que justificou o investimento feito.


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Além dos problemas físicos, a gestão das contratações também é motivo de preocupação. Sérgio Papellin, que deveria ser o principal responsável pela prospecção de reforços, viu o clube contratar três jogadores antes mesmo de sua oficialização no cargo pelo presidente Antônio Carlos Teixeira. O meia Camilo, o lateral Vidal e o zagueiro Reniê foram indicados por Ricardo Catalá, o técnico anterior a Morínigo.

Na sequência, porém, as contratações feitas sob a gestão de Papellin também não resultaram em sucesso, com destaque negativo para a inexplicável chegada de um centroavante que tem uma carreira marcada, principalmente nos últimos anos, pela baixa produtividade ofensiva: o camisa 9 Ribamar.

TUDO DANDO ERRADO

Com a eliminação precoce na Copa do Brasil, a perda do título paraense e a queda nas semifinais da Copa Verde para o maior rival Paysandu, a campanha do Remo na Série C é mais um ponto de frustração para os torcedores. Ao longo dos 18 jogos em que comandou a equipe azulina, Gustavo Morínigo

Apesar de estar a apenas três pontos acima da zona de rebaixamento e quatro pontos abaixo do G8, a situação se agrava considerando que clubes gaúchos como Caxias, Ypiranga e São José ainda têm jogos atrasados devido às enchentes no Rio Grande do Sul, podendo somar mais pontos e complicar ainda mais a vida do Remo.

Ou seja, a demissão de Morínigo pode ter sido necessária, mas não será suficiente para resolver os problemas profundos que o clube enfrenta. A busca por um novo treinador é urgente, mas a diretoria também precisa resolver questões estruturais e físicas para que o Remo volte a ser competitivo e evite o rebaixamento para a Série D.

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