Rio de Janeiro, RJ, 8 – Foi um jogo estudado, com muita marcação e poucas chances criadas. E, como jogava pelo empate, por ter se classificado em primeiro do Grupo C, o Vasco se aproveitou do ritmo lento, segurou o 0 a 0 contra o Flamengo e se garantiu na decisão da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. A partida deste sábado marcou, ainda, o retorno dos clássicos ao Maracanã.

O Vasco aguarda o vencedor da outra semifinal, que será disputada neste domingo, no Engenhão, entre Botafogo e Fluminense. A decisão será no domingo seguinte, às 16 horas, no Maracanã.

FORÇA MÁXIMA
Embora já garantidas na semifinal do Carioca, devido à pontuação na classificação geral, as duas equipes entraram com força máxima. Milton Mendes, sem poder contar com Luis Fabiano, suspenso após “peitar” o árbitro justamente no empate com o Flamengo, por 2 a 2, apostou em Muriqui para comandar o ataque.

Já Zé Ricardo, mais preocupado com a partida de quarta-feira contra o Atlético Paranaense, pela Copa Libertadores, aproveitou o clássico para dar ritmo ao time titular e fazer alguns testes. Muito criticado pela torcida, Rafael Vaz deu lugar a Donatti.


A partida deste sábado seria a primeira vez que o Maracanã sediaria um Vasco x Flamengo desde o final de 2015. Mas, se havia muita expectativa pelo retorno, ainda mais após as duas equipes protagonizarem um eletrizante clássico na primeira fase da Taça Rio, com direito a gol irregular no último minuto e a expulsão de Luis Fabiano, o duelo começou morno e foi sonolento em quase todo o primeiro tempo.

VASCO MAIS EXPOSTO
Jogando com a vantagem do empate, o Vasco se expunha pouco e trocava passes na intermediária, sempre com cautela. Muriqui até se movimentava na frente, mas parecia sem ritmo. Em uma das poucas chances do time cruzmaltino, o atacante invadiu a área aos 15 minutos e bateu colocado. A bola saiu à esquerda do gol de Alex Muralha.

O Flamengo, por sua vez, embora precisasse da vitória, não tinha qualquer efetividade. Diego iniciou o duelo pouco inspirado, Gabriel e Guerrero quase não tocavam na bola, enquanto Mancuello até tentava criar jogadas, mas sem muito sucesso.

Foram em duas finalizações de fora da área do meia argentino – uma delas de falta – que o time chegou sem muito perigo ao gol de Martín Silva.

A lentidão do duelo facilitava as pretensões do Vasco. Assim, mesmo sem mudar a escalação, o Flamengo voltou mais acelerado no segundo tempo e, logo no primeiro minuto, Gabriel recebeu dentro da área, deu bela finta e bateu rasteiro, cruzado, para boa defesa de Martín Silva. Era a primeira chance clara criada no jogo.

ESTRATÉGIAS ESTABELECIDAS
As estratégias estavam, enfim, estabelecidas. O Flamengo pressionava com a marcação avançada e os laterais e os volantes livres para atacarem. Sufocava e, assim, chegava com algum perigo, como aos 16 minutos, quando Rodinei bateu colocado e quase abriu o placar – Martín Silva espalmou. E, na cobrança de escanteio, após cabeçada de William Arão, novamente o goleiro uruguaio salvou.

Mas o Vasco apostava em algo a mais do que as defesas de Martín Silva para segurar o resultado: os contra-ataques. Com uma rápida transição após recuperar a bola, a equipe invariavelmente errava o último passe quando chegava, mas demonstrava ao adversário que também estava em busca do gol.

E o Flamengo, assim, aos poucos, foi perdendo o ímpeto do início do segundo tempo e voltou a sua atuação burocrática. Melhor para o Vasco, que controlou o jogo até o fim, não sofreu mais sustos e se garantiu na decisão da Taça Rio.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui