Contratado para “salvar” o ano do Palmeiras e dar mais competitividade a um time irregular nas mãos de Roger Machado, Luiz Felipe Scolari trouxe consigo Paulo Turra, seu novo braço direito e considerado também o sinônimo da renovação no trabalho do experiente comandante. Juntos, os dois levaram o Verdão rumo ao decacampeonato brasileiro, algo alcançado pela credibilidade dadas ao projeto por parte dos jogadores.
Em entrevista ao jornal A Bola, Turra revelou algumas das especificidades do trabalho de Felipão, comentou mudanças realizadas para deixar o grupo mais unido e elogiou os jogadores por terem acreditado na comissão técnica e não abdicado no momento de maior dificuldade, após as eliminações da Copa do Brasil e da Libertadores. Segundo o auxiliar, ainda, uma palavra define a passagem do treinador: “salvação”.
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“Os jogadores viram no Felipão a salvação. Tinham e continuam tendo uma admiração muito grande pelo professor. Sabiam que, tendo em vista toda a trajetória, a chegada dele acrescentaria muito. Notaram mesmo nele um salvador, e foi realmente o que aconteceu. Confiaram plenamente no trabalho”, disse o auxiliar.
“Resolvemos que todos os jogadores precisavam chegar 45 minutos antes dos treinos, sem exceção. No horário da refeição, por exemplo, todos precisavam estar juntos, e sem o uso do celular. Proibimos o uso do celular, tudo isso para reforçar a conversa entre eles. Não foi bem proibir, foi mais uma orientação. Felizmente, eles compraram a ideia”, completou.
Assim como Felipão, o ex-zagueiro, com passagem pelo próprio Palmeiras, também se mostrou adepto do jogo “resultadista”. De acordo com o auxiliar, apenas as vitórias dão tranquilidade e, no caso do atual trabalho, a característica dos jogadores do elenco casou com a ideia de ter um time que desempenhasse um jogo eficiente nos dois lados do campo.
“Qual o objetivo do futebol? Primeiro, é não tomar gol. Depois, é marcar. Dentro do nosso modelo de trabalho e de jogo, defendemos e marcamos de uma determinada maneira. Essa fórmula nos garantiu a melhor defesa (24 gols sofridos) e também o melhor ataque (61 gols marcados) do Brasileirão. O mais importante dentro de um início de trabalho é conseguir da forma mais rápida possível traçar o perfil de cada jogador, e dentro disso montar um modelo de jogo”, analisou.
“Mas o Palmeiras, dentro de campo, carecia de uma identidade. Hoje a nossa equipe é a que mais rouba bola, é que mais joga de forma vertical. A nossa equipe não é do perfil tiki-taka, é de priorizar mais o setor defensivo, até por isso temos a melhor defesa. Mas nem por isso deixamos de atacar, também atacamos muito bem, visto que temos o melhor ataque. Criamos uma equipe dentro das características dos nossos jogadores, que entenderam rapidamente a nossa filosofia. Prova disso é a nossa campanha espetacular”, finalizou Paulo Turra.
Neste domingo, o auxiliar, Luiz Felipe Scolari e todo o elenco do Palmeiras fazem a última partida na temporada, que será também a da entrega da taça do Campeonato Brasileiro. No Allianz Parque, com expectativa de casa cheia, já que mais de 28 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, os atuais campeões medem forças com o rebaixado Vitória, às 17h (de Brasília).
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Fonte: Gazeta Esportiva