Mosaico e bandeirão faram atrações na final do Parazão (Foto: Wagner Santana e Bruna Dias)

Se dentro de campo, o último clássico entre Remo e Paysandu na temporada gerou emoção do início ao fim da partida, no meio das duas torcidas, as festas pré e pós-jogo, não poderiam ser diferentes ao redor do Mangueirão. Desde os momentos que antecederam o confronto, azulinos e bicolores já mostravam a magnitude do que seria o jogo. Nas ruas, era visível a movimento em direção ao duelo. Já no lado externo do estádio, os torcedores já criavam bastante expectativa em cima do confronto. “Hoje não tem pra ninguém, é Papão campeão!”, esbravejou o torcedor Márcio Cantão, aquecendo com os amigos no estacionamento. “Vai ser 3 a 2 pro Leão e de virada, pra ser mais emocionante”, frisou a torcedora Maristela Mendonça, acompanhada da família na famosa ameixeira. Com 30 minutos para o início da partida, as duas torcidas corriam em direção das bancadas, em claro gesto de incentivo as equipes. Durante o jogo, o sentimento de aflição e nervosismo era nítido na feição de cada torcedor. Para cada toque na bola, era uma reação diferente entre os milhares de torcedores espalhados na bancada.

Mas, no meio de tanta ansiedade, na etapa inicial, os torcedores alvicelestes tiveram motivos extras para comemorar. Melhor na partida durante os 45 minutos iniciais, não demorou muito até o Paysandu presentear os seus torcedores. Bérgson, aos 30 minutos, abriu o placar e levou os bicolores à loucura. “Aqui é Papão p…, esse é só o começo”, comentou o publicitário Adonis Arouck. Na etapa final, mesmo correndo atrás do placar, a torcida azulina ainda acreditava em uma reação do Leão Azul. “Ainda estamos vivo no jogo. Vamos conseguir reverter esse placar”, comentou o azulino Gilberto Kleumer. E a intuição do torcedor estava certa. No início da etapa final, Rodrigo, deixou tudo igual no placar, para a felicidade dos remistas. “Soltaram a fera, agora eu quero ver segurar”, disse o torcedor Mario Silva.


O jogo estava se desenhando para uma disputa de pênaltis, mas Bérgson, no finalzinho, tratou de deixar o Papão novamente à frente do placar, definindo a vitória e a conquista do título de campeão paraense de 2017, para a alegria dos bicolores. Sofrendo a derrota nos instantes finais, um torcedor azulino definiu exatamente o sentimento de boa parte dos torcedores presentes no estádio. “É duro sofrer um gol no final, mas essas coisas acontecem. Estávamos melhores na partida, mas vida que segue”, lamentou o pedagogo Emanuel Moura. Enquanto os azulinos sofriam com a derrota, os bicolores apenas davam início à festividade pós-jogo. De acordo com o geólogo Fabrício Santos, que veio de Parauapebas para assistir ao jogo, o resultado não poderia ter sido melhor. “Meu coração está a mil. Vim de Parauapebas presenciar a festa do meu time, que não tem hora para acabar”, comemorou o torcedor bicolor.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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