Ricardo Catalá, o técnico do Clube do Remo, continuará no comando apesar da vexatória eliminação da equipe na Copa do Brasil. A decisão, que gerou polêmica entre a torcida azulina e até dentro da própria diretoria do clube, foi defendida em um pronunciamento do presidente Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, que contou com as presenças do vice Glaube Gonçalves e do executivo de futebol Sérgio Papellin.

Tonhão reafirmou seu compromisso com a profissionalização do departamento de futebol, uma promessa chave de sua campanha.

Após uma derrota considerada vergonhosa diante do Porto Velho, na última terça-feira (20), o mandatário disse ter realizado uma avaliação detalhada e chegou à conclusão de que a melhor decisão para o Leão Azul seria manter Catalá no comando, apostando em um trabalho a longo prazo.

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O presidente remista lembrou que Catalá assumiu o clube no ano passado após uma série de quatro derrotas e zero pontos no Campeonato Brasileiro, conseguindo levar a equipe ao G8.

“Quando viemos fazendo a nossa campanha para presidência do Clube do Remo, uma das nossas propostas era profissionalizar o departamento de futebol do clube. A profissionalização vem ocorrendo não só com a contratação de profissionais para a área, mas também através de atos, atitudes e decisões. Depois de uma derrota vergonhosa, fizemos uma avaliação, conversamos com a comissão técnica, e depois conversamos entre a nossa diretoria”, declarou o dirigente, revelando que cobrou tanto a comissão técnica quanto os atletas pelo fiasco na Copa do Brasil.

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Tonhão argumentou, ainda, que a avaliação do trabalho de um técnico não deve ser baseada em um único resultado ou em um projeto que não tenha dado certo.

“Após avaliações, entendemos que a melhor decisão para o clube deve ser baseada no profissionalismo. Não podemos fazer uma troca apenas por uma derrota ou por um projeto que não tenha dado certo. Também não podemos analisar um trabalho de um técnico em função de cinco partidas. O técnico Ricardo Catalá chegou ao clube no ano passado com o time vindo de quatro derrotas e zero pontos no Campeonato Brasileiro, fazendo uma campanha que o levou ao G8”, ponderou. 

Segundo avaliação do dirigente, a decisão de manter Catalá não foi unânime entre os torcedores, mas a maioria apoiou a permanência do técnico.

“Não diria que a decisão foi unânime, mas a maioria dos torcedores queria a volta do Catalá. Será que o Catalá desaprendeu de lá pra cá? Lógico que não. Temos que ter profissionalismo. Criamos um sistema de inteligência do futebol para nos municiar e nos ajudar nas decisões de contratação e liberação de profissionais do departamento de futebol”, enfatizou.

PAPELLIN PEDE “TORCIDA DESARMADA” NO DOMINGO

O executivo de futebol do Clube do Remo, Sérgio Papellin, também defendeu a decisão de manter o técnico Ricardo Catalá no comando da equipe, apesar dos maus resultados recentes. Ele enfatizou a importância do próximo jogo como uma oportunidade para o elenco demonstrar confiança e iniciar uma nova história.

“Domingo é uma chance do elenco demonstrar confiança e começar uma nova história. Esperamos contar com o apoio da torcida, que é fundamental. Nesse momento, os torcedores precisam dar algo a mais, entender que podem fazer a diferença. A diretoria também entende isso. Cobramos o desempenho da equipe, não apenas o resultado. Precisamos de melhoras no desempenho, e todos, jogadores, treinador, diretoria e torcida, precisam dar algo a mais”.

Papellin ressaltou a necessidade do apoio da torcida, pedindo que venham com “espírito desarmado” para apoiar o Clube do Remo. Também mencionou que alguns jogadores estão sentindo a pressão e que o Mangueirão, apesar da pressão, é mais tranquilo que o Baenão.

O profissional enfatizou que a cobrança em cima dos atletas é grande, pois a responsabilidade não é só do treinador. Pediu tempo até onde achar necessário e mencionou que, se acharem que precisa mudar, terão a consciência de fazer a mudança na hora certa.

“Pela minha experiência no futebol, é importante dar tempo a um trabalho para ter resultados práticos. Montamos uma equipe nova este ano, quase ninguém do ano passado permaneceu. Algumas coisas no futebol mostram que o caminho é ter perseverança. Ninguém é irresponsável de chegar aqui, tirar o treinador e demitir 10 jogadores para contratar 10 novos. É importante dar tempo ao tempo”, argumentou.

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