técnico Tite escalou um ataque com média de 22 anos de idade na tarde deste domingo, no estádio do Beira-Rio, seguindo, tardiamente, um conselho dado pelo seu pai no início da carreira. Contente com a produção de David Neres Richarlison e Gabriel Jesus na goleada por 7 a 0 sobre Honduras, ele relembrou as conversas que tinha com Agenor quando resolveu ser treinador.
“Meu pai, no começo da minha carreira, me corneteava. Falava: “Bota os meninos para jogar””, comentou Tite, com um tom mais leve e animado depois do triunfo, o primeiro da equipe desde o corte de Neymar, que sofreu um rompimento nos ligamentos do tornozelo direito.
“Eu preferia colocar os experientes, mas ele insistia. E eu tenho buscado melhorar nisso (risos)”, contou o treinador da Seleção, que ainda tem o jovem Arthur no meio-campo, todos esses mesclados aos experientes Daniel Alves, Thiago Silva, Filipe Luís, Casemiro e Philippe Coutinho.
Na avaliação de Tite, o que mais deu resultado na atuação foi a intensidade demonstrada pela Seleção mesmo com a expulsão de um jogador adversário. “Significa que soubemos tirar vantagem de uma equipe que tinha um jogador a menos”, analisou, contente com o desempenho dos jovens.
“Começo com as atuações deles, se você tem jogadores agudos pelos lados, eles começam a vir para o meio, os laterais passam a ser mais passadores. O Filipe tem essa virtude, o Dani também, para que possam fazer esse passe a jogadores mais avançados”, observou.
“Não foi uma equipe que ficou só com posse de bola, ela foi aguda. Isso que me agradou. Ela foi vertical quando teve a posse da bola”, concluiu Tite, que terá mais quatro dias de trabalho com os atletas até a estreia na Copa América, marcada para sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio do Morumbi.
Fonte: Gazeta Esportiva