O aspecto mental é tão importante, ou até mais, do que o tático no futebol. Justamente por isso, membros da cúpula do São Paulo estão preocupados e ligaram o alerta após o atacante Jonathan Calleri admitir tristeza e solidão em entrevista recente.

COMO O SÃO PAULO TRATA A SITUAÇÃO?

O time tricolor monitora sempre situações como essa e os jogadores tem apoio à disposição. Além da psicóloga do clube, diretoria e comissão técnica que têm mais abertura com o atleta também auxiliam.

O clube entende que o pico de sensibilidade que levou à declaração tem base no dia a dia do futebol. As muitas viagens para jogar e tempo longe de casa já são fator anímico e isso se potencializa no caso de estrangeiros que estão longe da família e amigos.


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Pessoas próximas ao atacante ouvidas pela reportagem afirmam que Calleri está melhorando. Apesar de ter sido muito repercutido entre os torcedores, o término do relacionamento que se deu há alguns meses não é visto como motivo principal.

O time tricolor não teve nenhuma conversa especial nos últimos dias com o atacante, mas monitora a situação. Membros da cúpula são-paulina ouvidos pelo UOL demonstraram preocupação com as declarações do jogador.

O QUE CALLERI DISSE

“Há um mês, 20 dias, eu fiz dois gols em um clássico. Ganhar, ser o melhor jogador em campo e chegar em minha casa e estar sozinho, me sentir sozinho… Não me importava a figura que tinha sido havia três horas. Não me importava nada o que os jornais falavam ‘Calleri fez dois gols no clássico outra vez’. Nesse dia, me tornei o argentino com mais gols na história do São Paulo, o segundo estrangeiro com mais gols na história do São Paulo, e não me importava. A única coisa que queria era me sentir bem e eu não estava bem. Sim, no futebol eu estava bem, mas cheguei na minha casa, uma casa grande, onde antes estava cheia de pessoas, e não ouvia ninguém. Estava sozinho. Existem horas que às vezes o jogador e a pessoa vão para lados diferentes. Haverá horas que a pessoa vai estar como o jogador e haverá vezes que o futebol estará de uma maneira e a pessoa de outro. Então, em partes, a vida pessoal e o futebol estão iguais e em outra hora não, como te dei esse exemplo. Eu tinha sido a figura do clássico, havia feito dois gols e cheguei na minha casa e sentia que não era feliz.”

O QUE DORIVAL PENSA

“Todos nós vivemos um pouco disso (solidão). O próprio treinador é um cara muito solitário, falo isso de um modo geral, não especificamente da minha pessoa. Temos isso. É um fato natural. Calleri de repente passa por uma situação como essa como outros jogadores. Difícil, situação complicada. Temos uma psicóloga que tem um acompanhamento em relação aos atletas e que com certeza está atuando para que tudo isso seja minimizado. Momento dele sempre foi um bom momento (em campo). Acredito que ele conviva com isso sabendo separar o profissional do pessoal.”

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