São Luis-MA, 15 (AFI) – O Santos entrou em campo ciente que da superioridade técnica do Paysandu, mas nem por isso se intimidou no estádio Castelão. Com muita raça e uma marcação implacável, o time de Macapá conseguiu empatar por 1 a 1 no primeiro jogo da semifinal da Copa Verde. O jogo aconteceu em São Luís, na capital do Maranhão, graças a mais uma determinação esdruxula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de Marco Polo Del Nero.

De acordo com o regulamento específico da Copa Verde, o estádio Zerão, casa do Santos em Macapá, não tem a capacidade de 10 mil torcedores para receber um jogo de semifinal. Mas, em São Luís, o público não passou de mil pessoas, o que atrapalhou demais a atuação dos times e ainda tirou o brio de uma decisão tão importante. A principal reclamação dos jogadores, mais uma vez, foi com o gramado.

O protesto é recorrente com os times que atuam no Castelão. O “gramado pesado” determina um jogo mais carregado, com poucos passes em velocidade e praticamente dominado em faltas na intermediária. Mas, claro, é impossível negar a beleza do estádio, que no domingo inclusive receberá a importante decisão entre Moto Club e Paysandu, na 4ª rodada do returno do Campeonato Maranhense, valendo vaga na semifinal.

O JOGO


Com velocidade, o Paysandu controlou os primeiros minutos de jogo. Os paranaenses propuseram um jogo sem muitos espaços ao adversário, mantendo a pressão em cima do macapaense. Do outro lado, a proposta do Santos era justamente atuar por apenas uma bola, jogando no contra-ataque e nos vacilos do adversário. E foi assim que o time “da casa” abriu o marcador aos 18 minutos de bola rolando.

Rafinha recebeu no contra-ataque em velocidade, carregou até a intermediária e soltou o pé quase na linha da meia lua. A bola foi cruzada e entrou no contrapé do goleiro Emerson, que tentou se esticar para afastar, mas não alcançou. Foi um chute de rara felicidade, que encontrou o fundo do barbante. Com a vantagem, o Santos passou a trocar passes para evitar os perigos do Paysandu, mas nada pode fazer aos 37 minutos.

O experiente Leandro Carvalho avançou pela esquerda com a bola, cortou a marcação para o meio e chutou também de fora da grande área. Ela entrou no canto esquerdo do goleiro Axel, que também nada pode fazer. A igualdade deu uma nova tônica para a partida. O Santos voltou à retranca em busca de uma falha do adversário, enquanto o Paysandu subiu um pouco mais a linha de marcação para tentar ficar com a posse de bola.

No segundo tempo, o time bicolor encorpou ainda mais o time e partiu pra cima do adversário, que conseguiu resistir bem a pressão. Nas poucas oportunidades que conseguiu produzir, o Santos sentiu o cansaço e não assustava o goleiro Emerson. O time de Macapá ainda não tem o estadual como “pré-temporada”, já que a Federação Amapaense de Futebol marca o Campeonato Amapaense apenas para junho.

PRÓXIMOS JOGOS

O jogo de volta entre os clubes está marcado para esta terça-feira, às 20h30, no Mangueirão em Belém. A próxima decisão do Paysandu é na semifinal do Campeonato Paraense. Depois de empatar sem gols no primeiro jogo, o time recebe o São Raimundo no estádio Mangueirão, às 18h30 do próximo sábado. Como o Campeonato Amapaense ainda não começou, o Santos foca apenas na Copa Verde neste primeiro semestre.

 

PÓS-JOGO

Confira abaixo a entrevista coletiva do técnico Marcelo Chamusca (Via Ascom/Paysandu):

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