*Alerta de gatilho: esta matéria não é recomendada para menores de 18 anos, contém referências explícitas a estupro e reproduz termos depreciativos em atos de violência contra a mulher.

O caso de estupro coletivo praticado por Robinho e um grupo de amigos em 2013 teve novos áudios divulgados na manhã desta quarta-feira (14) por um podcast do UOL. As conversas foram gravadas em um “grampo” da polícia italiana no carro de Robinho um ano após o crime. 

Em um momento da conversa, Robinho ri do caso e discute sobre como iriam se defender das denúncias feitas pela jovem Alabanesa e ameaça bater na vítima. “A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?’”, indaga Robinho. 

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Ao todo são mais de 10 horas de gravação que resultaram na condenação a 9 anos de prisão para Robinho e Falco por estupro coletivo. A sentença passou por três instâncias, sendo a última delas em 19 de janeiro de 2022, não cabendo mais recurso. No entanto, Robinho segue solto no Brasil, uma vez que a Constituição Federal proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.

CONFIRA ALGUNS TRECHOS DAS ESCUTAS: 

Um dos momentos mais impactantes das conversas é quando Robinho admite ter mantido relações sexuais com a vítima, onde ele é referido como ‘Neguinho’: “Vamos chutar errado: ‘Ah, deu alguma coisa, descobriram que o Ricardo participou, que o Neguinho comeu a mina’ ‘É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá”, diz o ex-jogador. 

Minutos depois, ele continua dizendo que viu os amigos fazerem sexo com a Albanesa: “Eu vi o Rudney ‘rangando’ ela, e os outros caras ‘rangando’ ela. Então os caras que ‘rangaram’ ela, vão se foder. Ela estava muito louca”. Ele ainda conclui que sair na imprensa enfrentará muitos problemas. 

RELEMBRE O CASO: 

O Estupro de uma jovem Albanesa cometido por Robinho e outros 5 amigos, aconteceu em uma boate de Milão em janeiro de 2013 quando a vítima comemorava o aniversário. Na época das investigações na Itália, os envolvidos já haviam deixado o país, por esse motivo não foram processados. Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou o crime. 

Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do atacante e de Falco. Finalmente, em 19 de janeiro de 2022, a Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante e confirmou a pena.

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