Após fazer duras críticas ao grupo de jogadores do Remo em sua primeira partida oficial à frente da comissão técnica – empate sem gols com o Tapajós na última quinta-feira –, o treinador Márcio Fernandes apenas reiterou as cobranças feitas pela torcida até o momento em cima dos jogadores. Com problemas claros em todos os setores, sobretudo no meio-campo, a solução deveria ser apresentada em contratações e, para alguns, em até dispensas. Mas, a primeira opção, está fora de cogitação.
“O momento não é muito bom. Os campeonatos estão na reta final e os jogadores não serão liberados pelas equipes. São jogadores de qualidade e os times não querem liberar, porque alguns estão brigando pelo título e outros para não cair. É um pouco difícil, mas vamos acelerar, porque precisamos mudar sim”, adiantou o treinador, que deverá ter uma reunião de avaliação nesta tarde, com os dirigentes e a presidência da agremiação, para debater assuntos para a sequência da temporada, sendo o principal em cima de prováveis dispensas de atletas.
Vale lembrar que o Remo ainda possui três jogadores no plantel que ainda não estrearam: o lateral-esquerdo Victor Luiz, o zagueiro Marcão e o meia Douglas Packer. Os dois últimos contratados já com o aval de Fernandes, porém, ainda carecem de regularização para estrear. Do pacote, o anseio fica na costa do armador, já que é o principal envolvido para tentar dar liga no miolo central azulino.
Apesar das prováveis trocas, Márcio Fernandes acredita que tanto o físico quanto o psicológico precisam ser trabalhados. “Nós temos que melhorar a cabeça e o físico dos jogadores, porque trocar todo mundo não tem condição, até porque não tem jogadores fora que podem entrar e serem bem melhores que os que estão jogando. É ter calma e conversar com eles e com a diretoria para rever isso logo”, disse.
Tática
Improviso não tem dado certo
O desentrosamento de algumas peças ou até mesmo a natural falta de qualidade para o encaixe em determinadas posições fez com que a improvisação se tornasse rotineira no time titular do Remo. Exemplos são encontrados na ala-direita, com Djalma, e no meio-campo, com a insistência em Diogo Sodré como articulador e, que por vezes, tem revezado com Echeverría na função. No ataque, a presença de Mário Sérgio como centroavante também é outra situação. Só que a tática não tem rendido conforme o esperado.
Para Djalma, que deverá retornar a sua posição de ofício na próxima partida ou frequentar o banco para dar vez a Geovane, apesar do momento, a calma precisa reinar para qualquer decisão. “Vamos voltar para casa, treinar e ver o que o nosso treinador vai querer e optar. O importante é jogar, em qual posição for. Se for o Geovane, também vou ficar feliz, porque é um jogador de qualidade e que vai nos ajudar se acionado pelo treinador”, comentou.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)