Depois de mais de um ano, Lyoto Machida volta a lutar hoje, 28, em São Paulo contra o americano Derek Brunson. O retorno em casa traz um sentimento de confiança para o Dragão, que fez toda a preparação focada no adversário, com treinos específicos, o que deve surpreender os fãs na noite de hoje. Com 39 anos, o Dragão é uma das lendas do MMA. Machida já enfrentou grandes atletas e fez história no esporte. Para o novo desafio, Lyoto se diz preparado depois de meses de reclusão e disciplina nos treinos, porque, durante esse período, aproveitou para desenvolver outras habilidades. Confira.

Como foi a preparação para o retorno ao octógono?
A preparação foi intensa e forte, com tempo hábil para treinar, cheguei a fazer três períodos de treino, em outros momentos fazia dois, então a preparação foi forte.

Em uma autoavaliação, você pode dizer que existe falta de velocidade em alguns confrontos teus? Isso não te preocupa?
Acho que cada luta é uma luta e esse é um momento diferente com uma preparação diferente, e sábado (hoje) eu vou poder mostrar isso.

A sequência ruim das últimas lutas não seria um indicativo de que é melhor parar, como fez o Usain Bolt agora, que disse que prefere ‘parar por cima’?
Não me prendo a resultados diretamente, assim como um businessman enfrenta uma derrota e sempre está enfrentando um momento difícil na carreira, a gente, como lutador, também. A gente passa por momentos difíceis e precisamos superar, agora como encarar tudo isso é de acordo com cada um.


O que você fez durante esse período que ficou sem lutar?
Nesse período que fiquei sem lutar procurei desenvolver outras habilidades, procurei estar mais com a minha família e amigos, viajar, fazer cursos fora da linha de luta e treinar, que é uma coisa que eu gosto muito de fazer, tentar melhorar tecnicamente para que eu pudesse estar nesse momento, aqui, melhor fisicamente e tecnicamente.

Após anunciar o retorno, como você enfrentou a pressão dos fãs e a autocobrança?
Lógico que a pressão sempre vai existir, a pressão dos fãs, família, amigos, mas eu tento aliviar essa pressão da melhor maneira possível e acho que esse é o meu pensamento, tentar aliviar a pressão e saber que ela vai existir em qualquer situação que você esteja, mesmo ganhando ou perdendo e lidar com isso é que é o desafio.

O que você conhece do adversário, Derek Brunson?
Ele é um cara que vem do wrestling, é um cara duro, com várias habilidades, soca bem e tem vários nocautes na carreira. Ele é um lutador duro em todas as partes e aspectos da luta.

A responsabilidade de voltar ao octógono e justamente no Brasil, tem um peso maior? Como está a expectativa?
Lógico que vai ter um pouco mais de pressão, mas no Brasil existe o lado bom, com a torcida, família e amigos, com o suporte que a gente tem. O lado da pressão, a gente tem que lidar com isso. Às vezes, antes da luta, a gente tem que encontrar com os amigos e isso é uma coisa que a gente tem que se preocupar para não perder o foco.

Você acredita que pode surpreender nesse confronto? De que forma?
Isso é uma coisa que faz parte da estratégia da luta e é melhor manter em silêncio e trazer só no sábado (hoje).

Quais são os teus planos para depois dessa luta?
Um momento de cada vez, essa luta é mais importante agora e quando ela passar eu tenho meu segundo plano.

Até quando pretendes lutar?
Assim, eu quero lutar, eu tenho um objetivo maior. Eu não estou voltando a lutar só por voltar a lutar e sim porque eu quero ser campeão novamente, esse é meu objetivo, e estou começando a trilhar meu caminho novamente. Eu penso dessa forma, então é difícil falar até quando eu pretendo lutar. Como eu já tinha falado, um plano de cada vez.

(Kézia Carvalho / Diário do Pará)

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