Após a licença de Antônio Carlos Nunes de Lima, também conhecido como Coronel Nunes, que deixou a Federação Paraense de Futebol (FPF) para assumir o cargo de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em janeiro de 2016, Adelcio Magalhães Torres assumiu interinamente o cargo de presidente da FPF. No último dia 4, Torres foi aclamado à presidência da entidade e terá Mauricio Figueiredo e Paulo Romano como vices, em um período de quatro anos.

A sessão solene realizada na sede da Tuna Luso, em Belém, teve chapa única e no dia 6 de janeiro de 2018 o trio tomará posse, conforme prevê o estatuto da entidade, para um mandato que encerra em 2022. O novo comandante tem 62 anos e nunca chegou a ser presidente de liga no interior do Estado. Antes de atuar na FPF, Adelcio era representante comercial no ramo de medicamentos e, nesta entrevista exclusiva, ele conta que terá muitos desafios nessa gestão, inclusive o fortalecimento do marketing da entidade. Contudo, não prevê grandes mudanças na gestão do futebol local.

P Como foi sua indicação para o cargo de presidente da FPF?

R Chegou em uma conversa pessoal com o Presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

P Como você vê o fato de ter sido candidato único à FPF? Acha democrático?

R Acho normal, pois tratou-se de um processo eleitoral democrático. Inicialmente concorremos com mais duas chapas e, no final, permaneceu a nossa que inegavelmente apresentava as melhores propostas.

P Qual a importância do Coronel Nunes para o desenvolvimento do futebol paraense?


R É um líder que soube conduzir os destinos do futebol do Pará até os dias de hoje. Prova disto e de sua inegável capacidade foi o convite para assumir importante cargo na direção da CBF.

P Muitas pessoas estavam dizendo que mesmo você sendo eleito, quem estaria dirigindo a Federação seria Nunes…

R São comentários de pessoas que desconhecem e não vivem o dia a dia da FPF. Desde a ida do Cel. Nunes para o Rio, assumimos efetivamente a Casa do Futebol, claro que com o apoio de todos, do quadro diretor, funcionários, clubes filiados, imprensa e ligas, bem como a própria CBF.

P Qual a perspectiva para essa sua gestão que vai até 2022?

R As melhores. Estamos trabalhando para realizarmos uma gestão transparente, justa e sobretudo moderna.

P Existe previsão de mudança?

R Os próximos campeonatos terão o mesmo formato do de 2017 e esperamos contar com o apoio do Governo do Estado. É uma parceria que deu certo para ambos os lados.

P Canais de TV por assinatura têm investido na compra dos direitos de transmissão de campeonatos estaduais, como o Esporte Interativo que exibe os do Nordeste. Não considera essa possibilidade? Não seria até mais vantajoso do que depender da verba pública?

R A parceria com o Governo do Estado não pode ser entendida só no que diz respeito a patrocínio de forma simplificada, e sim no que diz respeito a manutenção das equipes não só durante a competição, temos filiados que nem recebem os valores integralmente e os destinam como parte de acordos trabalhistas. Assim, uma ruptura com o Governo em favor de canais fechados poderia gerar uma diminuição significativa dos recursos. Entretanto, as propostas por ventura apresentadas sempre merecerão análise buscando desenvolvimento do futebol.

P Existe algum planejamento para o futebol feminino, principalmente depois da conquista do Pinheirense?

R Sim. No segundo semestre haverá o Campeonato Feminino com clubes da Região Metropolitana de Belém. Neste ano, implantamos o Primeiro Campeonato Feminino do Interior.

P O que já se tem de planejado para possíveis mudanças dentro da Federação?

R Em 2018 vamos implantar algumas mudanças, claro, uma delas será o fortalecimento do marketing.

P Sobre a venda da sede da entidade. Por que ela será vendida? Para onde vai se mudar? Já existe comprador?

R A mudança de endereço da sede é uma necessidade e um medida para melhorarmos nossa gestão. Penso que em um prédio melhor localizado, mais amplo, melhor aparelhado e moderno, fortalecerá a gestão do futebol de nossa terra. A ideia é nos transferirmos para um prédio que construiremos anexo ao Ceju.

(kEZIA cARVALHO/dIÁRIO DO pARÁ)

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