No meio do elenco do Paysandu, no gramado da Curuzu, bem mais magro e correndo muito, Dado Cavalcanti só não se confundia com seus comandados porque usava boné e ditava, de forma enfática, as ordem aos atletas. Posicionamento, finalização, diminuição de espaços.

O tempo até a estreia é exíguo e o trabalho tem que ser forte. Como Dado disse que pode haver trocas para o jogo com o Parauapebas, sem deixar claro se no posicionamento ou nas peças em campo, a disputa no elenco passou a ser mais acirrada ainda.

“Isso acontece em qualquer clube quando há uma mudança de comando. Os treinos ficam mais fortes em busca da chance de jogar. É um recomeço, com a necessidade de se matar um leão por dia”, concordou o volante Nando Carandina, que vem sendo titular nesse começo de temporada e torce que, pelo menos na sua posição, nada mude. “Da minha parte, tomara que continue titular”.


Carandina reconhece que o começo bicolor deixou a desejar depois das três primeiras vitórias no ano, todas pelo Campeonato Estadual. De acordo com ele, o time vem apresentando melhoras na marcação, mas está pecando na objetividade. “Acho que não tem uma explicação melhor do que voltar a fazer gols. Estamos conseguindo marcar bem atrás, mas só com gols as vitórias vão aparecer e aumentar nossa confiança”.

Para o volante, agora não é para lamentar a saída de um treinador e sim dar força a quem chega. “Temos que abraçar o Dado. Ele vai aproveitar esses poucos dias de treinos da melhor forma possível. Hoje (ontem) já vimos muito do que ele gosta e pretende fazer aqui”, disse Carandina, que sabe muito bem que a partir de agora os olhares da torcida estarão mais centrados sobre os jogadores. “Se os resultados não vierem, as cobranças agora serão principalmente sobre o elenco”, aposta.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

 

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