Na última terça-feira (2), foi aprovado de forma unânime na Câmara Municipal de Belém (CMB), o projeto de lei que determina a redução de 10% para 5% do repasse do valor bruto das bilheterias dos jogos das equipes paraenses para a Federação Paraense de Futebol (FPF). O projeto é de autoria do vereador John Wayne (PMDB).
A proposta já vinha sendo discutida há 1 ano e meio entre os vereadores. Para entrar em vigor, é necessário apenas que ela seja sancionada pelo atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, daqui a 15 dias. Tomando como exemplo atitudes já feitas com as federações de São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com o responsável pela iniciativa no Estado, o vereador John Wayne explica que esses tipos de procedimentos visam o incentivo ao crescimento dos clubes, seja como forma de investimento ou como uma renda extra.
“Esta proposta tem como objetivo, além de ajudar os clubes, (ajudar) o próprio futebol paraense. A aprovação foi, acima de tudo, uma vitória do esporte, que carece um pouco de atenção, pelas dificuldades impostas aos nossos clubes”, comenta. “Essa ação já foi feita entre os principais polos do País, como São Paulo e Rio e, com isso, acreditamos que atitudes como essa são um grande avanço com o futebol estadual”, explica o vereador.
Embora a proposta já tenha sido aprovada, segundo o presidente da FPF, Adelcio Magalhães Torres, a entidade não tem conhecimento do trâmite e aguarda mais informações sobre o assunto para poder se posicionar. “A federação não foi notificada sobre qualquer detalhe sobre o caso. Esperamos receber alguma posição dos responsáveis para conversarmos e chegar a uma decisão”, diz Adelcio.
REMO E PAYSANDU
Com a efetivação da lei, os clubes paraenses, agora, terão à disposição uma quantia a mais ao término de cada jogo, o que é benéfico para o processo de planejamento futuro de cada uma das equipes, em especial, Remoe Paysandu. “Essa iniciativa é muito boa, por ajudar os clubes economicamente, de forma substancial. Dessa forma, nos ajuda até investir em determinados setores, já que a bilheteria ainda é a principal receita dentro do clube”, informa o diretor de futebol do Clube do Remo, Marco Antonio Pina. “É uma proposta excelente, que ajuda todas as equipes. Toda e qualquer receita, dentro das normas legais, é necessária para os times, até para nos ajudar a desenvolver um futebol melhor”, finaliza o diretor jurídico do Paysandu, Alexandre Pires.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)