Desde setembro do ano passado, o rei do futebol, ex-jogador Pelé, 82 anos, estava tratando um câncer de cólon. Porém, no início de deste ano, entretanto, o quadro de saúde dele mudou e após alguns exames, foram diagnosticadas metástases no intestino, fígado e pulmão.

No inicio da tarde de hoje, segundo informações da Folha de S. Paulo, Pelé não responde mais ao tratamento quimioterápico e está sob cuidados paliativos.

Mas o que esse quadro clínico significa?

Os cuidados paliativos visam oferecer conforto, qualidade de vida e aliviar o sofrimento de um paciente com uma doença incurável. As medidas vão depender dos sintomas e do prognóstico —quanto tempo de sobrevida é esperado para o paciente.

O tratamento paliativo atua tanto no estado de saúde do enfermo, quanto na orientação junto a a família do paciente, com o objetivo de aliviar e amenizar possíveis focos de aflição e garantir o mínimo de bem-estar, dignidade, autonomia e independência neste momento de saúde do paciente. 

Pelé não responde mais à quimioterapia contra câncer

A iniciativa de tomar a decisão para tomar os cuidados paliativo, começa a apartir de uma conversa de uma conversa franca e honesta, que envolve toda a equipe médica, o paciente (se ele estiver consciente) e a família. Após essa reunião com todos os envilvidos, é possível chegar a um consenso e tomar uma decisão em conjunto sobre o melhor caminho a seguir para tratar o paciente.

Princípios básicos dos cuidados paliativos:

Promover o alívio da dor e de outros sintomas;


Não acelerar nem adiar a morte;

Oferecer suporte para que o paciente viva tão ativamente quanto possível;

Ser iniciado o quanto antes, junto de outras medidas para prolongar a vida;

Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural;

Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente;

Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso de vida;

Auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto.

A equipe de cuidados paliativos é composta por diversos profissionais que controlam os sintomas:

Do corpo (médicos e enfermeiros);

Da mente (psicólogos e psiquiatras);

Espirituais (padre, pastor, rabino, entre outros);

Sociais (assistentes sociais).

Além do câncer Veja as principais condições que requerem cuidados paliativos:

Doenças cardiovasculares (38%);

Cânceres (34%);

Anormalidades congênitas (25%);

DPOC, ou doença pulmonar obstrutiva crônica (10%);

Aids (5,7%);

Diabetes (4,5%);

Alzheimer e outras demências (1,65%).

O que não são cuidados paliativos?

Em relação a dúvidas dos cuidados paliativos, quando bem feitos e conduzidos, não têm nada a ver com eutanásia, ou com deixar o paciente morrer sem oferecer a ele o melhor tratamento.

Eles envolvem, na verdade, discutir os tratamentos disponíveis para aquele caso e pensar, seguindo a evidência científica, as opções terapêuticas que não vão funcionar e podem até aumentar o sofrimento.

O tratamento paliativo busca tentam trazer alívio em todas as fases da doença e podem ser empregados em paralelo à terapia padrão junto ao paciente.

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