Pisando em terra arrasada, efeito da queda do time para a Série C do Brasileiro de 2019, o futuro presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, 41 anos, cuja eleição acontecerá amanhã, deverá fazer uma “vassourada” no elenco do clube. Especula-se que o clube deverá liberar nos próximos dias 90% dos jogadores do grupo, com poucos deles permanecendo na Curuzu para a próxima temporada, quando o clube terá um orçamento financeiro bem apertado, conforme salientou o atual presidente Tony Couceiro.

As mudanças, conforme informou Gluck Paul, ontem, ao Bola, não ocorrerão apenas no plantel, mas também na comissão técnica e no grupo de assistentes do futebol, casos da gerência de futebol e do departamento de análise de desempenho, por exemplo. “Vai mudar tudo. Serão mudanças em todos os setores, com certeza”, adiantou o futuro presidente e atual vice de gestão bicolor.

Gluck Paul se negou a revelar o número de atletas que não continuarão vestindo a camisa do clube em 2019. “Não posso falar em números, o que posso dizer é que acontecerá uma profunda mudança”, garantiu. O dirigente admitiu que parte da lista de liberados já está pronta, mas que ainda não estava completa até ontem.

“Estão sendo analisadas algumas situações. Não posso revelar agora porque ainda estão sendo feitas algumas revisões. Divulgar alguma coisa neste momento poderia atrapalhar esse trabalho”, justificou. Segundo ele, o trabalho será concluído em breve.


“Em uma semana é provável que essa avaliação esteja fechada”, previu Gluck Paul. Voltando a se negar em falar na quantidade de atletas que não terão seus contratos renovados.

“Acho que já falei muito ao dizer que será uma reformulação profunda”, argumentou.

Questionado se o zagueiro Diego Ivo estaria entre os atletas que serão liberados, o dirigente afirmou: “Todos os atletas estão sendo analisados. A maioria já teve o seu desempenho avaliado. O que posso dizer é que será uma reforma profunda”, disse.

O dirigente informou que passou parte do domingo reunido com o treinador João Brigatti, que continua no cargo. “Trabalhamos ontem a manhã inteira, praticamente”, revelou.

Uma nova realidade financeira no ano que vem

A queda do clube para a Série C de 2019 deverá deslanchar um plano de reordenamento financeiro do Paysandu para a próxima temporada. Como já noticiado, o Papão não terá mais a importante parceria com a Caixa, que rendia algo em torno de R$ 3 milhões anuais ao clube e não R$ 2 milhões como divulgado anteriormente.

Com isso, a futura gestão bicolor já vem, segundo uma fonte, tratando do plano de enxugamento da administração do clube, passando até, segundo esse informante, pela redução do quadro de funcionários do clube.

Sabe-se extraoficialmente que uma das medidas a serem adotadas é a redução do número de lojas da marca Lobo, de propriedade do clube. Esses pontos cerrariam as portas para que o Paysandu possa diminuir gastos, levando em conta o fato de o projeto Sócio Bicolor sofrer, provavelmente, uma diminuição no número de filiados. Além disso tudo, o Papão já perdeu, de antemão, a cota de R$ 6 milhões paga pela CBF pela participação da equipe na Série B nacional. Com a saída do time da Segundona, o Papão terá menos jogos em casa participando da Série C. Se na Segundona o número de partidas como mandante foi de 19, com a queda o Papão terá, inicialmente, 10 partidas a menos nessa condição.

O que poderá aliviar um pouco o prejuízo bicolor é a volta da disputa de clássicos Re-Pa’s, que há 12 anos não acontecem no Brasileiro. Serão, a princípio, caso confirmem favoritismo, 8 confrontos, sendo 4 no Estadual, 2 na Copa Verde e outros 2 na Série C, que poderá até ter outras duas partidas, caso Papão e Leão avancem além da fase classificatória.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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