A decisão tomada pelos clubes locais e acatada pela Federação Paraense de Futebol (FPF) de suspender sem dia certo para o retorno o Parazão 2020, em função da pandemia do Covid-19, foi, de acordo com o zagueiro e capitão do Paysandu, Micael, uma medida para o bem-estar social de todos. “Tomar uma decisão como essa, tão complexa, tão importante, não foi fácil”, disse o jogador. “A gente não queria deixar ninguém numa situação ruim, nem clube, nem nada, só que a gente pensou nessa situação da saúde de todos”, explicou o defensor.

O pedido para que o Paysandu paralisasse suas atividades e, também, pedisse a suspensão do Estadual, conforme já noticiado, partiu do elenco bicolor. Os jogadores apelaram ao técnico Hélio dos Anjos para que este servisse de intermediário entre o desejo dos atletas e a diretoria bicolor. O pedido acabou sendo acatado pela direção do Papão. “Tomar essa decisão fez parte para que essa onda (Convid-19) acabe chegando de maneira mais leve por aqui e que não se espalhe tanto em Belém do Pará”, comentou Micael.

Segundo o zagueiro, a posição dos jogadores do Paysandu foi adotada pensando não apenas neles próprios, mais na população de uma forma geral. “Tomamos essa decisão pensando no povo paraense e na situação que envolve o futebol. A gente sabe que aqui a torcida é muito apaixonada e comparece mesmo (aos jogos). Então pensando nisso, no torcedor, na família de cada jogador e das pessoas envolvidas com o futebol decidimos tomar essa atitude que pensa no bem-estar do povo brasileiro de uma forma geral”, concluiu o capitão bicolor.


E MAIS…

l Inaugurado no início de 2016, o hotel Antônio Diogo Couceiro, na Curuzu, poderá ser utilizado pelo governo do Estado e pela prefeitura de Belém para abrigar possíveis vítimas da pandemia de Covid-19. O local, que dispõe de 19 apartamentos mobiliados, foi disponibilizado pela diretoria do Paysandu para o atendimento de pessoas que venham a ser atingidas pela doença, que segue fazendo um grande número de vítimas pelo mundo. A informação foi passada, via assessoria do clube, pelo presidente Ricardo Gluck Paul.

l Além da disponibilidade do hotel, o clube, conforme informou Gluck Paul, cederá as dependências de sua sede social, na avenida Nazaré, para funcionar como hospital improvisado na campanha de combate ao Covid-19, caso exista necessidade. “Temos consciência e entendemos que o Paysandu tem uma grande estrutura que pode servir à sociedade em geral. Não estou falando só com relação à torcida do Paysandu”, afirmou Gluck Paul. “É possível que chegue o momento em que o governo estadual e o municipal precisem de espaço para o atendimento da população”, prosseguiu o dirigente.

l O presidente informou, ainda, que os Departamentos de Saúde e de Fisioterapia do clube também foram disponibilizados como colaboração humanitária na luta de combate ao Covid-19. O comunicado ao governo do estado e à Prefeitura Municipal de Belém foi feito em ofício assinado pelo dirigente máximo do clube. Todas as atividades esportivas do clube, englobando o futebol profissional, categorias de base e esportes amadores, foram paralisadas na última terça-feira (17), mesmo dia em que a Federação Paraense de Futebol (FPF), atendendo a pedido dos clubes, suspendeu a disputa do Parazão 2020.

(DOL)

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