Quase todos falam a mesma língua, o português – exceto o venezuelano Esli Garcia -, mas carregam sotaques que mudam de acordo com a origem de cada um. É o que pode ser constatado em poucos minutos de convivência com o elenco de 32 jogadores formado, este ano, pelo Paysandu, que reuniu atletas das cinco regiões do Brasil – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul – em busca de novas conquistas.

A diferença no linguajar entre os atletas alvicelestes se deve às dimensões continentais do país, que possui 8.515.759 quilômetros quadrados, só perde em espaço físico para Rússia, China, Canadá e os Estados Unidos.

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A geografia do elenco bicolor vem colocando lado a lado, no dia a dia de trabalho, atletas de 12 Estados brasileiros, pouco menos que a metade de todas as unidades federativas do país, em número de 26, mais o Distrito Federal. A “Babel alviceleste” conta com jogadores do Amazonas ao Rio Grande do Sul, saltando em alguns Estados que não possuem nativos no grupo. Casos de Roraima, Rondônia, Santa Catarina, Amapá, Acre, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina.


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Neste amontoado de falas e gírias diferentes, o “pai d’égua” paraense domina o pedaço, contando com sete jogadores, um deles, o volante Val Soares, vindo na leva de 17 novos contratados pelo clube.

Na segunda colocação predominante entre os sotaques dos bicolores aparecem Paraná e Rio de Janeiro, que têm cinco jogadores nascidos naqueles Estados. Os baianos, numa pequena “República do Dendê”, são aqueles que mais jogadores possuem, entre os nordestinos, no grupo do Papão, que se prepara para a primeira competição oficial da temporada, o Parazão.

Maranhão, Mato Grosso e Rio Grande do Sul contam com dois jogadores, enquanto, um pouco mais abaixo, estão Tocantins, Pernambuco e Ceará, Estados que são representados por um jogador. O Distrito Federal tem no atacante Leandro, o único candango do elenco.

O meia Esli Garcia é um caso à parte. O jogador é natural da cidade de Araure, na Venezuela, onde começou a carreira jogando na Portuguesa local. Tivesse chegado ano passado à Curuzu, o jogador, com toda a certeza, se sentiria bem mais à vontade para praticar o seu espanhol, afinal de contas, em 2023, o Papão importou alguns atletas de países vizinhos.

Vilela tem que correr atrás do prejuízo

Último jogador a se integrar ao elenco do Paysandu, o volante Leandro Vilela, de 28 anos, admite que está saindo atrás na briga com os companheiros de posição por uma vaga na equipe bicolor. O jogador creditou a diferença justamente à demora em sua apresentação.

“Percebo que o grupo está numa intensidade maior do que a minha pela questão do número de treinamentos. Vou ter de me condicionar com o campeonato já em andamento”, reconheceu o meio-campista, cuja última partida que fez foi em novembro de 2023 pelo Mirassol-SP, na Série B. Vilela prometeu se submeter a uma carga extra de treinamento para atingir o mesmo nível físico de seus companheiros.

“Vou continuar fazendo trabalhos à parte”, anunciou. O jogador fixou um prazo para estar em forma. “Preciso de mais uma, duas semanas de trabalho mais intenso, para ficar próximo do pessoal. Eles vão ter um pouco mais de ritmo de jogo, mas acredito que isso, com o tempo, eu vá adquirir. Acredito que lá pela quinta rodada o grupo esteja homogêneo”, comentou.

O jogador assegurou que o clima não vem sendo de um todo problema. “Com relação à temperatura até que não existe problema. Mas em relação a umidade é muito diferente. Estava em Campinas e depois em Mirassol, em São Paulo, e esses lugares também são muito quentes, mas menos secos que aqui. A questão da umidade pesa bastante. Tem a questão da desidratação. É preciso beber muita água, mas o nosso corpo é uma ferramenta que se adapta a tudo”, disse.

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