O Paysandu inicia, hoje, a busca por um título inédito em sua história e na história da própria Copa Verde. O Papão enfrenta o Luverdense-MT, às 20h30, na Arena Pantanal, em Cuiabá, sonhando com o bicampeonato do torneio, que o time faturou, pela primeira vez, no ano passado. A disputa acontece em uma decisão de 180 minutos, com o jogo de volta, no Mangueirão, previsto para o dia 16 de maio. O objetivo dos bicolores é arrancar um resultado, neste primeiro jogo, que deixe a equipe em situação favorável para decidir em casa diante de sua torcida.
A estreia do Papão na fase final do torneio faz parte do calendário de decisões encarado pelo time nos últimos dias. Em apenas um mês, a equipe comandada pelo técnico Marcelo Chamusca fará a sua 9ª partida, todas elas decisivas e, portanto, com grande dose de adrenalina para os jogadores, comissão técnica, dirigentes e, principalmente, os torcedores, ansiosos em soltar, pela primeira vez este ano, o grito de campeão. O time ainda está envolvido em outra decisão, a do Parazão, contra o maior rival.
A sequência de jogos disputados pelos bicolores, que também estão nas oitavas de final da Copa do Brasil, já tendo feito o jogo de ida, quando caiu diante do Santos-SP (2 a 0), já deixou um rastro de prejuízo ao técnico Marcelo Chamusca. Para a partida contra o Verdão do Norte, o treinador não tem a sua disposição o zagueiro Gilvan, o volante Wésley e o atacante Bérgson, este artilheiro do time na temporada, com 10 gols. Todos eles com cansaço muscular.
Os próprios jogadores admitem que precisam contar com o “espírito de superação”, como lembra o volante Augusto Recife, um dos mais experientes do elenco. “Não podemos ficar olhando o cansaço do grupo”, ensina. “Temos de colocar o coração na ponta da chuteira, como diz o ditado, e buscar o resultado que nos interessa”, argumenta o atleta, que viajou para a capital mato-grossense como dúvida, já que, assim como o lateral-direito Ayrton, sentia, também, fadiga muscular.
Torcida de Cuiabá deve comprar a briga do LEC
Embora o Luverdense-MT tenha perdido o direito de fazer o primeiro jogo da decisão em casa, diante de sua torcida, o Papão deverá encontrar um clima de decisão mesmo na Arena Pantanal, com um bom número de pessoas torcendo pelo time mandante. A previsão é de quem conhece o futebol do Mato Grosso e, principalmente, o adversário bicolor: o atacante Alfredo, que no ano passado defendeu o Verdão do Norte, se transferindo, depois, para a Curuzu. “O torcedor de Cuiabá sempre abraça a causa do time do estado em jogos contra equipes de fora, independe de ser da capital ou do interior”, argumenta Alfredo.
“O campo pode até ser neutro, mas, com toda a certeza, o clima vai ser de decisão”, observou o atacante, que ficou de passar informações ao técnico Chamusca sobre o adversário. “Muita coisa mudou desde que sai de lá, mas no que eu puder ajudar, vou ajudar”, declarou. Alfredo garante não ver diferença entre a final da Copa Verde e a do Parazão. “É uma decisão tão importante quanto o Estadual. Vamos para Cuiabá pensando em um bom resultado, já que tem a partida de volta aqui em Belém”.
NO LUVERDENSE…
– O técnico Júnior Rocha recebeu duas notícias importantes antes de o Luverdense-MT deixar Lucas do Rio Verde rumo a Cuiabá. Uma delas muito boa e a outra, na mesma proporção, ruim. A primeira foi a liberação do meia-atacante Rafael Silva, principal astro do Verdão do Norte. O atleta estava entregue ao departamento médico e já era dado como descartado. Mas ele viajou e será escalado de cara na partida.
– A outra notícia não foi nada positiva. O zagueiro Neguetti, ao participar do último treino do time na cidade de origem do clube, torceu o tornozelo e desfalca a equipe. Seu lugar será ocupado pelo reserva Pierre. Neguetti é o jogador mais regular do adversário bicolor, tendo feito até aqui um total de 18 partidas com a camisa da equipe.
– Ontem, o Verdão fez dois treinos, um pela manhã e outro à tarde, na Arena Pantanal, local do jogo. Mas, Júnior Rocha não revelou a formação que mandará a campo. Fala-se na possibilidade de o treinador alterar o ataque, sacando Erick para a entrada do meio-campista Douglas Baggio, que daria mais
vitalidade ao setor de armação.
(Nildo Lima/Diário do Pará)