Não foi apenas a não concretização do sonho de acesso à Série A de 2018 o único prejuízo do Paysandu na temporada que está chegando ao fim. De acordo com nota explicativa de contas do clube, relativas ao período de janeiro a outubro deste ano, o Papão acumulou um prejuízo de quase R$ 1,5 milhão. O documento, publicado pelo site bicolor, informa que desde o começo da temporada, ou seja, em janeiro, o déficit já era bastante alto. Naquele mês, o Papão teve uma receita de R$ 2.146.824,57 que se contrapôs a uma despesa de R$ 2. 407.492,94, ou seja, uma diferença de R$ 260.668,37.

A partir de fevereiro, já na gestão do ex-presidente Sérgio Serra, que assumindo a cadeira de Alberto Maia, de quem foi vice, o clube conseguiu certo equilíbrio em suas finanças, mas por pouco tempo. Foram apenas quatro meses no azul. A partir de julho, conforme revela o documento, o Papão passou a acumular prejuízos em sequência, chegando ao mês de outubro com uma receita de R$ 25.239.485, 79 e despesa na ordem de R$ 26.721.350,63, totalizando um déficit de R$ 1.481.864,84. É possível que o rombo nas contas dos bicolores seja ainda maior, visto que o documento, como já demonstrado, não abarca os meses de novembro e dezembro, este último de recesso do futebol, principal catalisador de receita para o clube, vinda não só das cotas recebidas por participações do time em competições oficiais, sobretudo as de cunho nacional, venda de ingressos e ainda a oferta de material da marca Lobo, uma das principais fontes de arrecadação do clube, como já foi enfaticamente afirmado pelo próprio presidente Tony Couceiro em matéria publicada pelo Bola.


Ontem, a reportagem tentou contato com Elmar Saúde, diretor financeiro do clube, mas as tentativas acabaram não surtindo efeito, visto que o celular do funcionário bicolor se encontrava fora da área de serviço. O objetivo era tentar conseguir de Saúde números mais atualizados das contas do clube, leia-se, receita e despesas, a fim de deixar o torcedor do Papão melhor informado sobre a realidade financeira da agremiação, que até pouco tempo tinha a sua gestão cantada em prosa e verso como uma das mais eficientes do Norte, chegando a ser apontada como modelo a ser seguido por outros clubes da região.

EM NÚMEROS

R$ 1.481.864,84 – Déficit bicolor na prestação de contas do período de janeiro a outubro de 2017

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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