Uma grande, e peculiar, polêmica surgiu após a estreia do Paysandu na Copa Verde. Após o empate em 0 a 0 com o Galvez-AC, no primeiro jogo, o goleiro bicolor Emerson e membros da comissão técnica protestaram contra o pouco tempo para treinar e conhecer a bola da competição, diferente da utilizada no Campeonato Paraense. 

“Ninguém treinou com essa bola antes da competição. O torcedor não quer saber disso, mas pro jogador faz diferença”, reclamou o goleiro Emerson na ocasião. Para evitar surpresas e reclamações, de novo, o Paysandu iniciou os treinos da semana do jogo contra o Águia já com a bola nova.

No treino de ontem, os goleiros fizeram um trabalho intenso com a nova bola, enquanto os jogadores de linha realizaram um trabalho mais leve e atividades recreativas. “A gente vem trabalhando com ela. É diferente, mais leve e faz mais curva. Pra gente, que joga na linha, é até um pouco melhor. Mas para os goleiros o sofrimento é maior, porque muda muita coisa”, comentou o zagueiro Gilvan.

O xerife bicolor explica que o treinamento ainda era leve, apesar da reapresentação ter sido no dia anterior, por causa dos desgastes no Re-Pa. “O desgaste físico, muscular, mental… tudo isso acontece muito, especialmente num clássico. Eu mesmo ainda estou sentindo algumas dores musculares, mas a gente vai retornando aos poucos”, disse.


DÁ PRA ENTENDER

O meia Diogo Oliveira, que mal teve tempo de cansar, também releva o desgaste dos colegas. “Os que jogaram lá precisam de mais um repouso. Nos jogamos mais de uma hora com um a menos em campo, precisando correr pelo colega que não estava lá num gramado pesado de chuva”, explicou.

O duelo que você respeita

Embora o tempo tenha afastado os times, com o Paysandu se solidificando na Série B e o Águia perdendo, paulatinamente, espaço no cenário nacional; entre 2008 e 2014, o duelo entre as duas equipes foi um dos principais do futebol paraense. O time de Marabá montou equipes fortes e se tornou um assíduo disputante das fases decisivas do Parazão e da Série C, onde as duas equipes se enfrentaram por 6 anos. 

Os confrontos dos dois times datam de 1999, mas a rivalidade entre Paysandu e Águia começou a se destacar a partir de 2008, quando o time marabaense eliminou o Paysandu duas vezes – na semifinal da Taça Cidade de Belém e no quadrangular semifinal da Série C. Mas, entre 2008 e 2016, o retrospecto é favorável ao Papão. 


(Taion Almeida/Diário do Pará)

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