O jogo de hoje, contra o Oeste-SP, a partir das 20h30 (horário de Belém), é mais um em que o Paysandu não pode sequer pensar em empate, justamente o resultado do qual o adversário é “especialista”. O time do interior paulista pisará o gramado da Curuzu como a equipe que mais vezes empatou na competição: 17 partidas.
Quem chega mais perto dessa marca é o Juventude-RS, que tem 14 empates. Ao Papão, porém, não resta alternativa, como bem lembrou o técnico João Brigatti, que não seja vencer, o que quebraria a sequência de oito jogos da equipe sem vitória na Série B do Brasileiro, na qual ocupa a 18ª colocação, com 34 pontos.
A vitória, caso venha mesmo a acontecer, ainda não representará a saída do time bicolor da zona de morte do campeonato. Isso porque, o CRB-AL, com a vitória sobre o “saco de pancadas” Boa Esporte-MG, abriu uma diferença de quatro pontos em relação ao Papão. A equipe alagoana é a primeira colocada acima da área de rebaixamento, com 38 pontos. Mas se uma vitória não dá pra sorrir, faz com que a Fiel possa chorar menos, visto que o Paysandu, vencendo, poderá subir ao menos um degrau na tabela de classificação.
O Papão, porém, não depende apenas de si para alcançar uma melhor posição na pontuação do campeonato. Os bicolores têm a concorrência do Juventude-RS, 17º colocado, que pega o CRB, hoje. Trata-se de um jogo complicado, já que os alagoanos podem disparar em caso de vitória, assim como os gaúchos podem se manter à frente do Papão. O Sampaio Corrêa, 19º, perdeu o seu jogo de ontem, em Goiânia, para o Goiás, e está praticamente rebaixado ao lado do Boa Esporte. De qualquer forma, o importante mesmo é o Paysandu fazer o seu dever de casa. Sem isso, de nada adiantará secar os adversários diretos.
Para suplantar o visitante, o Papão espera contar, mais uma vez, com o incentivo da Fiel. De acordo com Brigatti e seus comandados, a presença dos torcedores é de vital importância para empurrar o time ao resultado pretendido. “A gente conta com o apoio da torcida. Precisamos dela ao nosso lado”, diz o técnico. O comandante abre mão até mesmo de qualquer técnica para vencer o confronto que, segundo ele, dará sobrevida ao time na luta para evitar o descenso. “Se não for possível na técnica, tem de ser na raça, na coragem e na vontade”, recomenda Brigatti, que volta a mexer na formação da equipe. Em princípio a única alteração é o retorno do zagueiro Diego Ivo, livre de suspensão, no posto de Fernando Timbó, suspenso pelo 3º cartão amarelo.
O ADVERSÁRIO
– Ainda com remotas chances de ser rebaixado, o Oeste espera reencontrar o caminho das vitórias e se garantir na Série B de 2019, hoje, diante do Paysandu, pela 35ª rodada do campeonato. A última vitória rubro-negra foi no dia 22 de setembro, quando bateu o Brasil-RS, por 3 a 1, fora de casa. De lá para cá, o time comandado por Roberto Cavalo acumulou seis empates somente na era do atual treinador, tendo um total de 17 partidas com igualdade no placar.
– Por outro lado, o Oeste acumula oito jogos de invencibilidade na competição. “Temos que trabalhar bem a parte defensiva, pois eles têm jogadores de qualidade. E quando tivermos oportunidade temos que aproveitar lá na frente. Queremos muito voltar a vencer e vamos em busca disso”, afirmou o zagueiro Adriano Alves. O técnico Roberto Cavalo não vai poder contar com jogadores importantes. O volante Betinho recebeu o terceiro cartão amarelo e cumpre suspensão automática, enquanto o meia Mazinho continua vetado pelo departamento médico.

(Nildo Lima/Diário do Pará)