Enquanto há vida – no caso jogo – há esperança. É baseado no velho ditado que o Paysandu entra em campo, hoje, para enfrentar o Bragantino, às 18 horas, na Curuzu, quando as equipes decidirão de uma vez por todas uma das vagas na final do Campeonato Paraense 2018. Em desvantagem por ter perdido o jogo de ida, em Bragança, por 2 a 0, o Papão busca apoio em sua inflamada torcida para tentar superar o prejuízo.

O técnico Dado Cavalcanti e seus jogadores esperaram ver o estádio bicolor transformado em uma “panela de pressão”, capaz de “cozinhar” o Tubarão, que vem a Belém trazendo uma senhora vantagem. Dado e seus comandados esperam que, mesmo chateada com o tropeço do time em Bragança, a Fiel compareça em massa à Curuzu, como fizeram os bragantinos, que lotaram o “São Benedito” na última quarta-feira, em Bragança.

“Aqui na Curuzu nós somos muito fortes com o apoio dos nossos torcedores” afirmou o treinador. “Dentro da nossa casa, espero que a gente faça um bom jogo e possa sair com a classificação”, completou. O pensamento de Dado é o mesmo dos jogadores. “Lá eles tiveram o apoio da torcida deles, aqui é a nossa vez de termos o estádio lotado a nosso favor”, ratificou o zagueiro Diego Ivo.


ESTRATÉGIAS

O Braga vem a Belém “vacinado”, sabendo que além do espírito de vingança do adversário, terá de enfrentar a força das arquibancadas, quase sempre decisiva em jogos na Curuzu.

O técnico Artur Oliveira desde o final do jogo de ida vem atacando de psicólogo, a fim de fazer com que os seus atletas não sejam afetados pela pressão de ter de decidir a vaga fora de casa. O próprio treinador deve ser alvo de cobranças por parte dos torcedores do Papão, após ter se manifestado de maneira pouco desportiva depois da vitória no primeiro jogo.

O Braga já começa a partida com a vaga na decisão nas mãos, visto que tem a vantagem do empate e até mesmo uma derrota por diferença de um gol.

Já o Papão, caso queira seguir direto para a final, terá de vencer por três gols de diferença. Placar com vitória bicolor por dois gols a mais que o adversário levará a decisão para a loteria dos pênaltis. O Tubarão, tudo indica, deverá jogar no desespero dos donos da casa, expondo-se pouco em campo para que não seja surpreendido e volte pra casa sem ter o sonho de ir à final concretizado.

O Papão, por necessidade, deverá ser todo pressão, do início ao fim dos 90 minutos. Se no jogo de ida o time se comportou acanhadamente, sem nenhuma agressividade, agora, Dado cobra postura diferente do grupo. “Precisamos agredir, o que não fizemos no primeiro jogo”, alega.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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