Depois de dois jogos e duas vitórias, com seis gols a favor e um contra, o técnico bicolor defende que há uma evolução do Paysandu, pelo menos desde sua chegada. Dado Cavalcanti reconhece que o tempo ainda é pouco e que espera que venha muito mais pela frente, o que pode fazer com que as mudanças venham a acontecer.

“Não existe cadeira cativa nem para quem sai e nem para quem está jogando. Sempre deixo claro que preciso do elenco”, confirmou Dado, que cita o caso do volante Willyam, que chegou a seu terceiro jogo como titular e vem sendo um dos destaques da equipe. O treinador ressaltou que, por causa da juventude, o meio-campista vem sentindo um pouco o desgaste durante as partidas.

“O Willyam vem de dois bons jogos, mas precisa evoluir, precisa de mais lastro para um garoto. Não cravo o retorno do Renato ou de Cáceres, da mesma forma como não cravo a permanência dele. O justo é que quem estiver melhor esteja em campo”.

Dado salienta que ao chegar na Curuzu e encontrar um elenco com poucos atletas com quem já havia trabalhado, resolveu por uma medida prática: conversar separadamente com todo mundo para acelerar esse conhecimento mútuo. “Tive pouco tempo, mas procurei conversar individualmente com todos os jogadores. Para o coletivo dar certo é preciso respeitar ao máximo as individualidades. Eu fico feliz com os jogadores soltos”.


Planejamento dividido entre folga e treino

Desde que retornou à Curuzu, pela primeira vez o técnico Dado Cavalcanti terá uns dias a mais para poder preparar a equipe antes de um jogo. Mas, esses quatro dias antes do confronto com o Castanhal, domingo (25) pelo Campeonato Paraense, serão divididos entre treinos e descanso. De acordo com técnico bicolor, a maratona de jogos pede isso, vide o fim do jogo de terça-feira pela Copa Verde, quando muito jogadores já apresentavam um desgaste significativo, a despeito da facilidade para se chegar aos 4 a 0 contra o Interporto-TO.

“Vou fazer uma avaliação do jogo, ainda. Também não vou poder usar esses dias para treinos fortes. Muita gente sentiu o desgaste. Vamos investir na recuperação. A quarta e a quinta-feira terão ênfase em quem não jogou”, confirmou Dado, que deu a entender que pretende repetir a mesma formação no final de semana. Isso se a questão física não impuser alguma mudança.

“Essa repetição traz confiança aos atletas, então acho que houve uma evolução. Aos poucos os jogadores vão ganhando entrosamento”, completou Dado.

No time não existe titular fixo

Artilheiro do Paysandu no ano com cinco gols, o atacante Cassiano faz coro com o que diz Dado Cavalcanti quanto à permanência no time dos atuais titulares depende da manutenção de um trabalho forte no dia a dia. Nem a objetividade nos últimos dias é suficiente para dar mais tranquilidade. “Esse momento é de muita felicidade. Estou fazendo gols e podendo ajudar ao Paysandu. Mas, em um elenco com os jogadores que temos, não há titular absoluto. No ataque temos jogadores de muita qualidade. Em todas as partidas quem tiver a oportunidade tem que dar o máximo”, confirmou Cassiano.

O atacante cita a situação de Walter, principal contratação bicolor na temporada até aqui, e que ainda busca a melhor condição física para poder ter uma sequência de jogos. Segundo Cassiano, a presença de um jogador de tanta qualidade técnica só faz a disputa ser mais acirrada. “O Walter é um jogador que dispensa comentários. Cabe a mim continuar fazendo meu trabalho forte e o Dado é quem vai ter que decidir”.

Desses cinco gols até aqui, a maioria saiu com uma ajuda providencial. “Já fiz três gol com assistências do Moisés. É um cara que vem muito bem, se doando ao máximo e ajudando na frente e na defesa. Não demora vai sair o gol dele”.

Sobre a melhora do time com a troca de comandante, o atacante diz que a equipe tomou outra postura. “A saída do Marquinhos Santos doeu na gente, que gostamos dele. Sabíamos que precisávamos dar uma resposta porque os olhares estavam todos sobre a gente”.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui