Na noite da última quarta-feira (7), a Curuzu foi palco de um espetáculo protagonizado por Nicolas, o centroavante do Paysandu, que marcou um golaço contra o Bragantino, garantindo a vitória da equipe bicolor por 2 a 1, pela quarta rodada do Parazão 2024.

O lance, ocorrido quando o placar ainda estava 0 a 0, viu Nicolas receber a bola no meio-campo, ajeitar-se e, de forma magistral, aplicar um chute por cobertura, encobrindo o goleiro Henrique e fazendo a torcida vibrar na Curuzu. Um feito digno de aplausos, mas distinto do famoso “gol que Pelé não fez”.

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O momento lendário protagonizado pelo Rei do Futebol remonta à Copa de 1970, no México, quando Pelé quase marcou um gol antológico contra a Tchecoslováquia. A tentativa foi tão inédita e surpreendente que a partida vencida pela Seleção Brasileira por 4 a 1 acabou entrando para a história justamente por causa do chute épico do Melhor Atleta do Século.


No lance, Pelé observou o goleiro tcheco Ivo Viktor adiantado e arriscou um chute que, se convertido, teria sido tão valioso quanto a própria conquista da Copa.

No entanto, diferente de Nicolas, que já estava no campo de ataque do Paysandu quando encobriu o goleiro Henrique, Pelé ainda estava no campo de defesa brasileiro, a 60 metros da meta adversária, quando arriscou um chute que atingiu incríveis 105 km/h. Contudo, apesar do desespero do goleiro tcheco, a bola passou rente à trave e se perdeu pela linha de fundo.

NARRATIVA DE NELSON RODRIGUES

A narrativa desse lance extraordinário foi imortalizada pelo escritor Nelson Rodrigues, que descreveu o momento como um “cínico e deslavado milagre” por não ter se consumado o gol.

“Por um fio, não entra o mais fantástico gol de todas as Copas passadas, presentes e futuras. Os tchecos parados, os brasileiros parados, os mexicanos parados – viram a bola tirar o maior fino da trave. Foi um momento de eternidade do futebol,” escreveu Nelson Rodrigues na época.

A HOMENAGEM ETERNA DOS NARRADORES

Até hoje, sempre que um jogador marca um gol do meio de campo, como foi o caso de Nicolas na última quarta-feira, os narradores, reverenciam o Rei do Futebol com a expressão “o gol que o Pelé não fez” como uma homenagem e uma lamentação pela não concretização daquele chute icônico de 1970 que ficou eternizado na história do futebol.

Dessa forma, o quase gol de Pelé durante a campanga do Tricampeonato Mundial no México é relembrado como uma obra-prima não concretizada que transcendeu fronteiras e se tornou um ícone do futebol.

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