A recente joia lapidada na categoria de base do Clube do Remo, Rony, nem bem despontou pelo profissional do Leão Azul e, ao que tudo indica, deve estar de saída do estádio Baenão para tomar novo rumo, como foi adiantado com exclusividade pelo colunista Gerson Nogueira em sua coluna no Bola, na edição de sábado (12).

O lateral-direito, de 19 anos, que até então possui vínculo com a agremiação até o começo de 2021, pode ter a quebra de contrato oficializada nos próximos dias, em virtude de salários atrasados desde que passou a ser jogador do time, ainda em 2017.

Os advogados do jogador entraram com pedido de liminar na Justiça do Trabalho, na última semana, para a liberação. Ao todo, conforme os advogados do profissional, o Remo deve ao ala quatro salários pendentes de 2017 e dez do ano passado. Em números, na somatória dos 14 meses, o montante varia de R$15 a R$20 mil.


Todo o imbróglio começou quando a mãe do jovem tentou receber o acumulativo, já sob o poder da atual gestão presidida por Fábio Bentes. De acordo com Rosa Santos, inúmeras tentativas ocorreram para negociação com o cartola, porém, sem êxito.

“Em junho fui seis vezes a Belém para tentar conversar com o presidente Fábio Bentes, que não me recebeu. Falei com o diretor da base Marcelo Bentes e com o diretor jurídico Pietro. Tentei resolver os atrasados e eles informaram que não tinham dinheiro e que essa responsabilidade não era da diretoria. Isso não é tratamento que se dê à família de nenhum atleta”, explicou a mãe de Rony.

Dessa maneira, na tentativa de encontrar alguém para intervir, Rony fechou parceria com a empresa H2R Manager, que tem no comando o empresário Hércules Júnior. Nas negociações, foi relatado o episódio de atraso salarial. A partir disso, uma ação foi ajuizada e a Justiça deu cinco dias para que o Remo comprovasse os documentos regularizados com o atleta. Procurada pela reportagem, a H2R Manager, através da sua assessoria de imprensa, destacou que “a empresa de gestão de carreira serve para defender os direitos do atleta e em nenhum momento foi solicitada para debater sobre o assunto. Antes de morar no Baenão, Rony gastava R$ 50 por dia para poder treinar, se alimentar e chegar em casa (Barcarena). Alguém que tem 14 meses de salários atrasados e é visto como uma joia não pode ficar em tal situação”, declarou a empresa na nota, ao explicar que se aguarda as definições judiciais.

JURÍDICO AGUARDA

Enquanto isso, o departamento jurídico do Clube do Remo informou que ainda não foi intimado de qualquer ação e que espera a apresentação do atleta. “Ele é jogador do clube, tem contrato e por isso estamos esperando a sua apresentação. Ele é um atleta que temos bom relacionamento e que sabe que ajudamos a ter esse espaço que ganhou. Tem contrato até o começo de 2021 e esperamos o seu retorno, pois, sem qualquer liberação, ele ainda é jogador do Remo”, explicou de antemão o diretor Pietro Alves Pimenta.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui