O PSC contava com os três jogos em casa – Floresta, Santa Cruz e Manaus – para pavimentar a classificação à segunda fase da Série C. Caso vencesse os três jogos, alcançaria 29 pontos atingindo a pontuação mínima necessária para avançar na competição. Depois do empate com o Floresta, sábado, os planos terão que ser refeitos. Fazer o dever de casa nos dois próximos jogos não será suficiente para classificar.

Para a importância do confronto em casa, o PSC atuou de maneira desleixada e pouco eficiente, sábado à noite, na Curuzu. O primeiro tempo mostrou o visitante bem mais focado, encaixando três bons ataques. Os bicolores até tentavam algumas manobras, mas sem objetividade.

Os ataques se repetiam mecanicamente, sem inspiração. Tecnicamente, o jogo foi terrível de assistir, muito em função do mau rendimento do PSC no campo de ataque. Com a crônica dificuldade para criar jogadas, o time se aproximava da área, mas não sabia o que fazer quando surgia a necessidade de aprofundar jogadas. Pior: não arriscava finalizações.

Como nos jogos com Tombense e Volta Redonda, Jhonnatan ocupou a função de segundo volante, atuando mais avançado. Até tentou, mas o jogo não fluía. Não havia transição. Os outros volantes, Marino e Paulo Roberto, também participavam pouco do processo. Marlon, que podia ser a válvula de escape, não cumpria esse papel.

Sem jogadas pelo meio, Grampola e Rildo dependiam sempre das ações de Leandro Silva e Marcelo pelos lados. Bem vigiados, os laterais pouco produziam e a bola não chegava em boas condições aos atacantes. Não por coincidência, o 1º tempo terminou sem que o PSC desse um chute a gol.

A partida só ganhou em emoção no 2º tempo, depois que o Floresta chegou ao gol. O PSC havia mexido na zaga, saindo Denílson para a entrada de Vítor Salinas, mas logo aos 3 minutos o visitante achou o caminho das redes. E foi um golaço. Alison Mira tocou para o volante Jô encher o pé, acertando um belo chute, sem defesa para Victor Souza.


Roberto Fonseca fez nova mudança no Papão. Trocou seis por meia dúzia, substituindo Jhonnatan por Ruy, mas era o Floresta que seguia ameaçador com chutes de fora da área, principalmente com Primão.

Até que, aos 17’, o empate caiu do céu. Em jogada sem perigo claro de gol, Fábio Alves tocou Marlon dentro da área. O Papão ganhava a esperada chance do empate. Até nisso, o processo foi sofrido. Grampola se apresentou para cobrar, bateu forte no canto direito, mas o goleiro Tony defendeu. No rebote, o centroavante tocou para as redes.

Havia tempo mais do que suficiente para buscar a vitória, mas o PSC seguiu errante e desorganizado. Sem condução de bola pelo corredor central, a única via de chegada eram os cruzamentos e cobranças de falta. Marcelo bateu uma com perigo, aos 31’, e foi só.

Jogo ruim, resultado frustrante. Agora, para garantir classificação, o Papão terá que vencer dois jogos em casa e pelo menos um fora.

Via-crúcis de lesões força contratações no Leão

Quando o jogo terminou em Pelotas-RS, sexta-feira, o técnico Felipe Conceição fez um desabafo. Disse que está cada vez mais difícil conviver com tantas baixas no elenco. Tem razão. Contra o Brasil, foram três. Renan Gorne foi expulso, Kevem recebeu o terceiro amarelo e Lucas Tocantins se contundiu com gravidade no lance do gol de empate.

Tocantins foi vítima da violência que o Brasil impôs com a conivência da arbitragem. Atingido duramente por um defensor ao partir para o cabeceio, sofreu fratura no rosto. Foi operado ontem e deve voltar em outubro. São perdas significativas, que ampliam o prejuízo num elenco limitado demais para o Brasileiro.

Erick Flores, Romércio, Wellington Silva, Tiago Ennes, Fredson e Mateus Oliveira estão afastados. Pelo andar da carruagem, apesar da austeridade que a diretoria adotou quanto a contratações, o Remo terá que se reforçar. O centro da defesa só conta hoje com Kevem e Jansen. Por óbvio, um zagueiro precisa ser contratado.

No meio, há necessidade de mais uma peça para revezar com Flores e o próprio Gedoz. No ataque, duas vagas a preencher: um centroavante, para o lugar que foi de Edson Cariús, e um atacante de lado para compensar a saída de Dioguinho e a perda temporária de Tocantins.

Além de contratar, o Remo terá que se cacifar com os deuses, a fim de evitar tantas contusões neste início de returno.

(Em tempo: houve quem não entendesse quando falei sobre o “consolo” representado pelas interferências do VAR no jogo de sexta-feira contra o Brasil em Pelotas. Comparei o fato de o jogo ter sido decidido pelo árbitro de vídeo, mas sem traçar paralelo com as trapalhadas da rodada anterior, que resultaram na derrota do Remo para o CRB. As revisões de lance em Pelotas foram pontuais e corretas, ao contrário das lambanças cometidas pelo VAR e pelo árbitro de campo em Belém.)

Messi estreia sem brilhar; CR7 está voltando para casa

A estreia é sempre um acontecimento especial. Ainda mais quando o melhor do mundo está em cena. Lionel Messi entrou em campo ontem contra o Reims, pelo Campeonato Francês. Pouco entrosado com o time, não chegou a brilhar. A estrela da tarde foi Mbappé, que está negociando saída para o Real Madrid.

E Neymar, perguntaria o outro? Bem, o brasileiro foi substituído por Messi aos 20 minutos do 2º tempo. Não teve grande atuação, mas recebeu críticas exageradas da mídia esportiva francesa.

Cristiano Ronaldo retornando ao Manchester United faz mexer com a nostalgia dos fãs do futebol. O anúncio aconteceu na sexta-feira, com o mundo acompanhando pela internet. É mais finalizador do que o ponta rápido e forte da juventude, mas ainda capaz de comandar a caça ao título de Premier League e até mesmo da Champions.

O entorno será fundamental. Justamente o que faltou na Juve para que CR7 brilhasse mais. Na idade em que muitos estão aposentados (ou enganando), ele pode ser mais do que apenas um burocrático cobrador de pênaltis.

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