O futebol paraense inicia a semana vivendo um momento de intensa expectativa e emoção. O Clube do Remo acaba de garantir sua vaga na final do Parazão 2024, após uma semifinal que demonstrou a força e a resiliência do time. A segunda vitória sobre a Tuna Luso não foi apenas um triunfo no placar, mas também uma prova da capacidade da equipe azulina de superar adversidades e manter o foco na conquista de seus objetivos.

A jornada do Clube do Remo até a final não foi fácil. A equipe enfrentou desafios significativos, especialmente no início da competição estadual ainda sob o comando do técnico Ricardo Catalá, além de ter enfrentado um calendário apertado que limitou o tempo de preparação entre os jogos. No entanto, sob a liderança do técnico Gustavo Morínigo, o Leão Azul mostrou que a determinação e a estratégia podem superar até mesmo as limitações de seu elenco.

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Ao analisar a atuação do time remista no clássico diante da Lusa, no último domingo (31), no Mangueirão, o treinador reconheceu que o desempenho ofensivo não foi o ideal. No entanto, Morínigo elogiou a solidez defensiva de sua equipe, uma qualidade que será crucial nos próximos jogos contra o Paysandu.

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“Quero olhar novamente o jogo. Para resumir, não foi um bom jogo. Fomos superados em muitas situações, muitas delas por não ter a posse de bola. Hoje deixamos de jogar, de fazer muitas coisas. Pensando bem, nosso meio de campo, eram dois meias jogando como primeiro volante, não conseguimos ter intensidade na marcação e no físico, pela sequência que tivemos. Ganhamos um jogo que não jogamos bem, mas defendemos bem”, analisou.

SEM TEMPO PARA TREINAR

O técnico do Remo destacou a dificuldade de elaborar uma estratégia com um plantel limitado, enfatizando a necessidade de recuperação física dos jogadores como prioridade antes do primeiro Re-Pa da série de quatro clássicos consecutivos, na próxima quarta-feira, às 20h, no Mangueirão. Morínigo também explicou que a decisão de alterar metade da equipe para o segundo jogo contra Lusa teve como objetivo justamente a preservação da condição física do time.

“Não tem estratégia porque estamos com plantel limitado. Não temos muito o que fazer a não ser recuperar e colocar na cabeça deles que um clássico é sempre diferente. Hoje decidimos trocar metade do time em relação ao jogo anterior por conta também de questão física e recuperação. A única estratégia que temos é recuperar”, declarou, esclarendo em seguida como tentará driblar a falta de tempo antes do clássico.

“Amanhã (hoje) será de recuperação, e a recuperação fisiológica de um jogador demora umas 48 horas, um dia antes do jogo, então é complicado demais”, disse Morínigo, lembrando que o arquirrival ganhou um dia a mais de descanso por ter jogado no último sábado (30), contra o Águia de Marabá.

IMPORTÂNCIA DO RE-PA

Gustavo Morínigo demonstrou saber que a importância do clássico Re-Pa transcende o aspecto técnico, influenciando o ânimo da torcida e o ambiente da cidade, e reconheceu que, apesar das adversidades, a equipe precisa se apresentar à altura da expectativa gerada por tal confronto, onde desculpas não têm espaço e a intensidade é elevada.

“Sabemos que quando entramos no campo, as desculpas não servem. Um clássico tem intensidade diferente, a torcida vive diferente, a cidade fica diferente e nós temos que estar à altura desses compromissos que para o clube são muito importantes”, completou.

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