Vice-lanterna da Série C do Campeonato Brasileiro, com apenas nove pontos ganhos, o Paysandu atravessa uma grave crise e o técnico Marquinhos Santos, que dirigiu a equipe nas sete últimas rodadas, já está ameaçado de perder o cargo se não derrotar o Floresta-CE, neste domingo (18), às 19h, na Curuzu.

Nos bastidores do clube, o “processo de fritura” do treinador que foi contratado para substituir Márcio Fernandes já começou. A reportagem do DOL apurou que, além do fraco desempenho dentro de campo – uma vitória, três empates e três derrotas, que resulta em 38,09% de aproveitamento -, a situação do profissional ficou ainda mais delicada após as duras críticas feitas por ele sobre o planejamento da direção bicolor, especialmente na montagem do elenco para a atual temporada. 

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Nem mesmo o fato do time bicolor ter jogado sem a presença da torcida no empate em 1 a 1 com o São Bernardo-SP, na última segunda-feira (12), em Belém, parece ter sido capaz de sensibilizar parte da cúpula alviceleste. A discreta melhora defensiva da equipe, apontada por alguns jogadores nos últimos dias como um argumento a favor do comandante, também não convenceu muitos cartolas.

TEMPO PARA TREINAR

Ciente dessa pressão, Marquinhos Santos aproveitou a zona mista realizada logo após o treino apronto de sábado (17) para voltar a citar o pouco de tempo de trabalho como justificativa para os maus resultados e a lenta evolução do time desde sua chegada à Curuzu.

“A gente sabe que resultados é o que norteia o futebol, não pode ser diferente, mas sem tempo para trabalhar não dá para fazer milagres. A cada semana chegando atleta, até esse atleta ser inserido, entrosar e padronizar o modelo de jogo é um bom tempo. Só com tempo para se construir essa identidade”, ressaltou o comandante bicolor, que dessa vez ao menos teve cinco dias para preparar sua equipe para o confronto diante do Floresta.

“(Foi) uma semana em que pude pelo menos fazer um posicionamento de algumas situações de jogadas ensaiadas e algumas associações, pois isso é importante no futebol. Ainda não tínhamos conseguido pelo pouco tempo, mas já há um desenvolvimento maior de trabalho para que se possa apresentar em relação aos últimos jogos, em especial aos segundos tempos. Conseguimos um padrão de primeiro tempo, mas não conseguimos um equilíbrio. É importante, também, para a parte física e sustentar os 90 minutos em uma mesma intensidade de jogo ou pelo menos próximo dela”, avaliou.

CASO LUÍS CASTRO

Durante as entrevistas da véspera da partida contra o Floresta, Marquinhos Santos também usou o caso do técnico Luís Castro, do Botafogo-RJ, como um exemplo da importância do tempo de trabalho para a melhora dos resultados no futebol.

“No ano passado, o time sofreu com o Luís Castro. Terminaram o Brasileirão praticamente no meio da tabela. Muitos acharam que ele poderia ser excluído e ter saído do clube, mas o presidente entendeu a manutenção do trabalho e o Botafogo colhe os frutos na Série A. Uma equipe que entrou no campeonato sendo candidata ao rebaixamento e agora lidera o Campeonato Brasileiro e é postulante ao título. Tem que ter equilíbrio para tomar uma decisão”, argumentou.

Paysandu e Floresta se enfrentam neste domingo, às 19h, no estádio da Curuzu, em Belém. A partida é válida pela nona rodada do Campeonato Brasileiro da Série C.

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