O ex-jogador e ídolo do Corinthians, Marcelinho Carioca, foi vítima de um sequestro que chocou o Brasil. A reportagem do UOL compilou os detalhes do ocorrido, desde o momento do sequestro até o desfecho dramático do resgate.

Sequestro na casa da amiga:

Marcelinho foi abordado por três criminosos na madrugada do último domingo (17) em Itaquaquecetuba. Dirigindo um carro da Mercedes-Benz, o ex-jogador atraiu a atenção do grupo próximo ao local onde estava.

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O sequestro ocorreu após Marcelinho ter ido ao show de Thiaguinho na Neo Química Arena, no sábado (16), repassando ingressos a uma ex-colega de trabalho em Itaquaquecetuba. O ex-jogador foi surpreendido, levou uma coronhada, ficou desacordado, e foi levado com a amiga pelos sequestradores.


“Eu estava chegando para conversar na frente da casa dela quando chegaram três indivíduos e me abordaram. Tomei coronhada na cabeça e depois não vi mais nada. Quando entrei no carro, colocaram o capuz e não vi mais nada. Tudo isso foi no meu carro”, contou o ídolo corintiano, em entrevista coletiva, após prestar depoimento à Polícia Civil.

Golpe de R$ 42 mil:

Os sequestradores, após dar a senha do celular, ameaçaram Marcelinho para colaborar. O advogado do ídolo corintiano transferiu mais de R$ 40 mil em dois pagamentos via pix para os criminosos, que pediram o valor como resgate.

Veículo ‘não compatível’ e intensificação das buscas:

A polícia iniciou investigações após encontrar o carro de Marcelinho abandonado. A PM observou um “veículo não compatível com a região”, e o empresário do ex-jogador foi contatado, levantando suspeitas pela forma como foi solicitado o dinheiro via WhatsApp. Os sequestradores ligaram pedindo R$ 200 mil, as autoridades foram acionadas, e as buscas se intensificaram.

“Viram um carro daquele porte próximo da comunidade e chegaram para abordar. Depois, viram o trabalho brilhante do DAS, Polícias Civil e PM — porque eu vi, era minha vida em jogo. O helicóptero chegou forte e descobriram tudo. Escutei assim: ‘A casa caiu, a casa caiu, temos que liberar ele, pega um menor para dirigir e joga ele em outro lugar”, revelou Marcelinho.

Resgate no cativeiro:

A polícia encontrou o cativeiro com base em uma denúncia anônima. Marcelinho foi localizado andando pelas ruas do bairro, após ter sido liberado pelos criminosos, encerrando mais de um dia em cativeiro. Cinco pessoas foram presas em flagrante, três mulheres e dois homens, com participação de um menor.

Roleta-russa e sequestro ocasional:

No cativeiro, os criminosos fizeram roleta-russa com Marcelinho. Duas armas foram encontradas no local. A polícia vê o sequestro como “ocasional”, indicando que os bandidos agiram de forma oportunista diante do carro de luxo do ex-jogador sem tê-lo como alvo específico.

Marcelinho se emocionou durante a entrevista coletiva, desmentiu a versão de envolvimento com a amiga e ressaltou a coação sofrida no cativeiro. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso que abalou o mundo esportivo.

“Se você tem uma arma apontada na cabeça e a pessoa obriga você a falar, o que você faz? Fui obrigado a falar. A Taís é brilhante, guerreira, de fibra, família, trabalhadora que não tenho nada a ver”, esclareceu o ex-jogador.

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