Uma confusão na justiça envolvendo uma marca de moda íntima e o Paysandu ganhou novos episódios nesta segunda-feira (20). A empresa Lupo, que havia acionado o Paysandu na Justiça para impedir o clube paraense de utilizar a imagem do mascote lobo, agora terá que acatar uma decisão judicial que permite que os bicolores explorem a marca Lobo livremente.

Na ação, a Lupo argumentava que detinha a exclusividade da marca “lobo” e que possuía inclusive linhas de produtos ligados ao tema. A Lupo também afirma no processo que o Paysandu se utiliza da mesma expressão para comercialização de seus produtos.

No fim de julho, a empresa conseguiu liminar determinando que o Paysandu retirasse imagens do lobo em seu site e de qualquer veiculação na mídia, sob risco de multa diária de R$ 5 mil. No entanto, o clube paraense entrou com agravo de instrumento e conseguiu impedir a liminar. O relator Hamid Bdine justificou o deferimento do pedido do Paysandu, alegando que não há conflito entre os dois lobos.


“Não se verifica, por ora, o aludido risco de confusão aduzido pela agravada [Lupo] em sua petição inicial, considerando a manifesta distinção entre os domínios em discussão. É o caso permitir a continuidade do uso da palavra e da figura do lobo evidenciado nos autos, assim como o comércio de produtos a torcedores do Paysandu”.

A defesa do Paysandu comunicou na ação que o mascote foi criado em 1948, muito antes do registro da marca feita pela Lupo. O clube paraense acrescenta que a empresa não utiliza o símbolo do lobo em suas ações publicitárias, não havendo razão para impedir o uso da imagem por parte do clube bicolor.

O Paysandu afirmou ainda que considera uma vitória a decisão de poder continuar explorando sua marca. “O Paysandu Sport Club reforça ainda que não perdeu a Lobo, ao contrário, conseguiu uma permissão para continuar a fazer uso da marca”, informa a nota.

(Fonte: UOL)

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