O treino que o técnico Dado Cavalcanti pretendia ministrar ao elenco do Paysandu no Mangueirão, palco da final do Parazão, contra o Remo, no domingo (8), não vai acontecer. O treinador desejava comandar pelo menos uma atividade para o seu elenco no local, hoje ou amanhã. Ocorre que a Secretaria de Estado Esporte e Lazer (Seel), que administra a praça esportiva, negou, ontem, a cessão do local. A alegação para o veto foi a de que o gramado do estádio sofreu danos com a realização de uma partida de futebol americano, que antecedeu ao Re-Pa do último domingo, e que com isso precisa de um tempo mais longo para ser recuperado.

Curiosamente, a Seel, talvez na tentativa de evitar algum tipo de conflito com o clube, recorreu ao Ministério Público do Pará para negar a liberação do estádio, conforme revelou o promotor público Domingos Sávio. “O (Raimundo) Mesquita (engenheiro agrônomo responsável pelo do gramado) nos procurou e colocou uma série de coisas”, contou Sávio, explicando, em seguida, que o pedido da Seel foi feito diretamente ao


MP e não à comissão do órgão que trata especificamente das causas ligadas ao futebol profissional paraense.

“O pedido foi feito a minha promotoria que trabalha com a fiscalização do patrimônio público”, relatou. “O estádio investe e gasta dinheiro público, que é do consumidor. Se há esse gasto não é lógico que o torcedor vá ao estádio e encontre no local um gramado que prejudique o espetáculo e que lese o consumidor. Por isso recomendamos que o estádio não seja cedido para que a recuperação do local tenha continuidade”, detalhou Sávio. Com a negativa, o técnico Dado Cavalcanti vai ter de mudar os planos de preparação de sua equipe para o Re-Pa decisivo.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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