Na última quinta-feira, para muitos, o Clube do Remo fez a sua pior partida nesta temporada. Com as deficiências conhecidas na organização tática, criação de jogo e reação em momentos adversos, de quebra, outro fator chamou atenção para a somatória de limitações do plantel: o condicionamento físico dos atletas.

Apesar do empate com o Tapajós fora de casa, o que ampliou a vantagem na tabela quanto à liderança, desta vez o resultado não serviu para ludibriar o torcedor, que se mostrou “cabreiro” ao final da partida, questionando até que ponto a ponta da chave do grupo A1 vai continuar sendo levada em conta para minimizar as exibições medíocres da equipe.

A exaustão foi o foco das reclamações. No tapete do estádio Barbalhão, em Santarém, os jogadores que já criticaram os gramados que encontraram no Estado, ainda contaram com um tempo aberto e sem chuva, para evitar desculpas do campo pesado. “Quando chove é por que o jogo é na lama, daí os caras cansam em um gramado bom. Quando o Remo jogou com um a menos não fez tanta vergonha como ontem (quinta)”, cutucou o torcedor Flávio Moraes. Procurados pela reportagem para falarem a respeito da preparação física, nenhum profissional da área no clube quis se pronunciar.


MATA-MATA

A bronca da torcida se arrasta já pelo pensamento no futuro, mas não apenas a disputa da Série C, que iniciará no mês que vem, e sim no mata-mata do próprio Estadual, onde o Remo não contará mais com vantagem de pontos. “É líder, mas não tá merecendo. Se pegar um time meio arrumado nem quero imaginar (resultado). Espero que esse treinador faça alguma coisa, porque tá complicado”, avalia Ervin Costa, também torcedor.

Os jogadores da equipe, por sua vez, acreditam que a primeira colocação do Remo na tabela não foi conquistada por acaso. O meia-atacante Echeverría, que ainda não completou uma partida inteira com a camisa azulina, é um dos otimistas. “Fizemos um jogo muito disputado, chegada nossa, chegada deles. O cansaço vem com isso, mas fizemos um jogo bom. Vamos ter mais um tempo para treinar e voltar a vencer”, disse.

(Mateus Miranda/Diário do Pará)

 

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