Líder do Parazão, com 16 pontos, levantando vantagem no saldo de gols no confronto com o Clube do Remo, que tem a mesma pontuação, o time do Paysandu não abre mão de fechar a oitava rodada do campeonato na ponta da tabela de pontuação. Os bicolores entrarão em campo amanhã sabendo de antemão o que precisam fazer para se manter no topo da tabela, visto que seu maior rival joga hoje, contra o Independente. A partida entre Leão e Galo, no Baenão, será, evidentemente, acompanhada pela televisão atentamente pelo elenco bicolor.

Mas, independentemente de qualquer resultado da partida do concorrente, os bicolores esperam dar sequência a boa campanha que fazem na competição, conforme destacou esta semana o volante Phillipe Guimarães, o PH. De acordo com o meio-campista, a partida de amanhã, contra o Castanhal, será uma ótima oportunidade para o Papão se redimir diante de sua torcida, jogando em seus domínios, contra o mesmo adversário. “A gente sabe que o futebol nos proporciona isso, dar a volta por cima, às vezes em pouco tempo. Dessa vez a gente pode provar dentro de campo que tivemos uma melhora e podemos apresentar um futebol superior”, disse.

O atacante Vinícius Leite, por sua vez, destacou em entrevista, na Curuzu, que o Papão terá um oponente de grande qualidade e que vencê-lo não será fácil. “Foi a única equipe que nos derrotou até aqui, mas sabemos que não podemos repetir os erros que tivemos no jogo passado”, observou o atacante. Leite destacou a importância de uma vitória bicolor no final de semana. “Quanto mais cedo a gente conseguir a classificação, melhor pra gente”, lembrou o jogador, que também, assim como os seus companheiros, reclama do tempo chuvoso no Estado. “Quando cai a chuva, ela acaba prejudicando. A bola acaba não rolando”, justificou Leite, torcendo para que a manhã de domingo seja de muito sol.

O problema é que os sites de previsão do tempo apontam que no horário do jogo a probabilidade de chuva em Belém é de cerca de 80%.

CURUZU


GRAMADO BOM E SOL. SERÁ?

O zagueiro Perema, um dos jogadores mais regulares do Paysandu em 2020, com participação em sete partidas na temporada e um gol, torce para que neste domingo (15), o gramado da Curuzu esteja em boas condições para receber o jogo do time bicolor contra o Castanhal, pela oitava rodada do Parazão. Ontem, o defensor admitiu que o tempo chuvoso vem prejudicando o bom desempenho das equipes que disputam o campeonato. Ele ressaltou o cuidado que a comissão técnica do Papão vem tendo para evitar que o local da partida sofra algum dano.

“Lógico que com essa chuva o gramado fica um pouco castigado”, comentou. “Até a gente treinando sabe disso. Tanto que a comissão tem tirado a gente do campo, senão chega no domingo não vamos ter gramado”, salientou Perema, lembrando, em seguida, que é comum, nesse período do ano, as equipes locais se depararem com essa dificuldade climática. “Nesse tempo de chuva não tem gramado que aguente”, afirmou o zagueiro, nascido em Santarém e, portanto, bastante acostumado com as chuvas em demasia que costumam cair quase que diariamente em todo o Estado.

Mas, a principal dificuldade do Papão, na previsão de Perema, será o adversário. “Acho que a dificuldade será o Castanhal, o adversário, e nem tanto o gramado. Mas espero que no domingo o gramado esteja em condições, tanto para a gente como para o adversário, para que os dois times possam fazer um grande jogo”, disse. “Acredito que seja a mesma dificuldade com o mesmo adversário e não por causa do gramado”, declarou, em referência ao jogo passado entre as equipes, no qual o Papão acabou caindo, por 3 a 2, no Mangueirão.

Prevenção para não adoecer

Álcool em gel está à disposição nas dependências da Curuzu para higienização das mãos de atletas e demais colaboradores

O coronavírus, chamado também de Covid-19, que tem deixado o mundo em polvorosa, chegou à Curuzu. Mas, a pandemia desembarcou no estádio bicolor de maneira, felizmente, apenas preventiva. Ontem, por decisão do Departamento de Saúde do clube, o médico Marcelo Gaby se reuniu pela manhã, antes do treinamento do elenco, ministrou uma palestra de alerta sobre o tema aos atletas, comissão técnica e alguns funcionários que trabalham na praça esportiva bicolor. Durante o encontro, Gaby falou sobre ações de prevenção, orientações e recomendou mudanças de hábitos para evitar a contaminação do vírus, que se espalha pelo mundo.

A pandemia tem sido responsável por mudanças em variados tipos de eventos que reúnem grandes públicos, entre eles, óbvio, as partidas de futebol. Durante cerca de dez minutos, o médico bicolor falou sobre a doença. O integrante do DS do clube tratou logo de início de tranquilizar a equipe, pedindo, no entanto, algumas mudanças de comportamento no ambiente de trabalho e na rua por parte dos ouvintes da palestra.

“A primeira coisa é não fazer alarde, sem preocupação com relação a morte. A gripe tem matado até mais pessoas no Brasil. O coronavírus é mais perigoso em idosos e eu diria que em crianças também, porque elas são menos resistentes. Por ora, é melhor evitar aperto de mão e abraço. Isso não é falta de educação, é uma regra que vamos seguir. Evitar aglomeração, locais lotados, como shoppings, porque a gente não sabe de onde as pessoas estão vindo”, explicou Gaby.

O médico alertou que um dos principais ambientes de contaminação são os aeroportos. Ele lembrou que o Paysandu viajou de avião apenas uma vez este ano, para a partida contra o Brasiliense-DF, no dia 6 de fevereiro, quando o Brasil ainda não tinha nenhum caso confirmado da doença. Durante a conversa com os atletas, o médico tirou algumas dúvidas e revelou quais medidas serão adotadas na Curuzu. “Vamos aumentar a distribuição de álcool em gel nas dependências do clube. Vamos dobrar a quantidade”, anunciou.

O técnico Hélio dos Anjos falou sobre a iniciativa do DS bicolor. “Tivemos uma palestra com os jogadores porque envolve familiares, pessoas que estão vindo para cá e têm contato com eles diariamente. Eu estou preocupado com isso, assim como todos os brasileiros”, comentou o treinador. O zagueiro Perema, por sua vez, comentou: “Tem de levar a sério. É preocupante. Realmente. A gente tem de ter cuidado, mas acho que da melhor forma”, disse.

(DOL)

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