Na semana em que a seleção brasileira estreia em Copa do Mundo, alguns atletas que vestiram a amarelinha possuem ligações com a capital paraense ou com alguns clubes da capital. Vários jogadores se destacaram por aqui e tiveram oportunidades em defender nosso país.
A presença de paraenses na seleção começou logo no primeiro jogo oficial do Brasil: no dia 21 de julho de 1914 o ponta-direita Abelardo integrou a onzena titular da seleção no jogo diante do time inglês Exeter City, onde a seleção venceu por 2 a 0.
Em 1921, um dos maiores ídolos do Paysandu não defendeu a seleção por um roubo. A história conta que Antônio Manoel de Barros Filho, o Suíço chegou a ser convocado para a Copa América mas não viajou com o screte canarinho por conta de um dirigente que levou todo o dinheiro que seria usado na viagem do atleta. Suíço fez nome no Papão e um ano depois deste episódio veio a falecer.
Na Copa do Mundo de 1930, o Pará esteve representado pelo lateral direito Pamplona. O jogador atuou no Remo e foi para o Botafogo-RJ onde ganhou destaque e integrou o grupo do Brasil para o Mundial do Uruguai.
Anos depois, outro ex-azulino ganhou destaque no Rio de Janeiro. O atacante Vevé foi destaque no Flamengo na década de 40 e foi lembrado pelos torcedores por uma revista esportiva de circulação nacional. Vevé integrou o Brasil na Copa América de 1945.
Outro paraense que também brilhou no Rio de Janeiro foi o atacante Quarentinha, mas não é o Paulo Benedito dos Santos Braga, famoso ídolo da torcida do Paysandu. O nome em questão é de Waldir Cardoso Lebrêgo, maior artilheiro da história do Botafogo-RJ. Com vários gols pela seleção brasileira, o atacante quase foi para a Copa do Mundo do Chile, mas como Vavá se recuperou a tempo de lesão foi convocado para o Mundial.
No fim da década de 60, o Pará esteve perto de outra Copa: o meia Manoel Maria estava em alta pela Tuna Luso e foi para o Santos-SP e com vários gols, o paraense esteve na pré-lista da Copa de 70, porém o técnico optou pelo goleiro Leão e deixou o paraense fora da lista final para a Copa.
Na década de 70, outros jogadores com laços paraenses se destacaram: o primeiro deles foi o lateral Rosemiro, que passou pelo Remo entre 73 a 75 e integrou a seleção olímpica. Outro ex-azulino que passou pela seleção foi Nelinho, que jogou a Copa de 78 da Argentina, com direito a um belo gol contra a Itália na disputa do 3º lugar.
Na década de 80, outros conhecidos do futebol papa-chibé foram para o México. O goleiro Paulo Vitor, campeão brasileiro em 84 pelo Fluminense-RJ foi como reserva de Carlos e quem também estava lá era Edson Boaro. Os dois jogadores também atuaram por Paysandu e Remo.
Nos anos 90 dois jogadores foram para a amarelinha. O primeiro foi Charles Guerreiro, que depois de brilhar no Paysandu e ser campeão brasileiro pelo Flamengo-RJ atuou contra a Inglaterra no lendário estádio de Wembley e sua atuação ficou marcada com um gol perdido, o que daria vitória ao Brasil.
Outro paraense que foi para a seleção foi Giovani. Com várias oportunidades, o paraense que passou por Tuna, Paysandu e Remo foi o último paraense a disputar a Copa do Mundo. Em 98, o paraense começou como titular, porém perdeu espaço com o técnico Zagallo.
O último paraense a vestir a amarelinha foi Paulo Henrique Ganso. Com uma grande passagem pelo Santos-SP, o jogador foi para a Copa América da Argentina, em 2011 e não teve êxito no comando do técnico Mano Menezes.
Além destes atletas, outros jogadores paraenses também passaram pela seleção, como por exemplo, Mimi Sodré (1916), Santana (1930), Ivan Mariz (1932), Octávio (1949), Zé Maria (1959) e Alexandre Fávaro (1999).
(DOL)