Indecisão: time bicolor entre Curuzu e Mangueirão

Com a aproximação do início do Brasileiro da Série B – marcado para maio -, um velho dilema volta a circular entre os torcedores do Paysandu: onde mandar os jogos do time em Belém, Curuzu ou Mangueirão. Serão 19 partidas dos bicolores na capital paraense e outras 19 fora de casa, num total de 38 jogos, como em 2016. A decisão quanto ao local dos jogos da equipe, como mandante, segundo o presidente Sérgio Serra, ainda não foi tomada, “dependendo de algumas variantes”, como disse o cartola.

 

Em conversa com o caderno Bola, Serra informou que entre os fatores que definirão o local dos jogos do time está uma consulta prévia aos jogadores e membros da comissão técnica. “Precisamos ouvir os profissionais e saber deles qual o melhor local e, só depois, tomar uma decisão”, argumenta. “O elenco deve ser capaz de pontuar alguns aspectos positivos e negativos de o time jogar na Curuzu”, salienta o cartola, observando, ainda, que as condições do Mangueirão serão levadas em conta. 

 

“A gente vai precisar olhar o lado técnico, analisando o estado do gramado do Mangueirão, que poderá estar ou não interessante pra gente jogar”, aponta. Serra prefere não ser taxativo sobre a definição do local dos jogos do time. “São 19 partidas em casa e a nossa posição na tabela deverá variar”, lembra. “Por isso precisamos ter o sentimento de que em determinados jogos o apelo de público poderá ser maior ou menor. Existem algumas variáveis nessa história e que precisam ser levadas em conta”, lembra.

 

Uma coisa, porém, é certa: a partida contra o Internacional-RS, um dos rebaixados da Série A em 2016, será no Mangueirão. O confronto está previsto para a3ª rodada da competição, portanto, ainda no mês de maio, quando a Segundona terá o seu início. “Quanto a isso não existe dúvida”, diz serra. A estreia do Papão na Série B será diante do Oeste-SP, em data a ser definida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A tendência, porém, é que a partida aconteça no dia 12, uma sexta-feira, ou no dia 13, um sábado, óbvio.

 


Casa própria

 

Lado financeiro deve pesar na hora da escolhaAlguns aspectos conspiram para que o Papão mande a maioria de seus jogos, em Belém, na Curuzu, conforme ressalta o presidente Sérgio Serra. O aspecto financeiro seria, entre outros, de acordo com o dirigente, o principal deles. “O estádio é nosso, as despesas são bem menores”, salienta. Mas não é só. O presidente ressalta outros pontos que favorecem o estádio bicolor. “Além de o torcedor gostar do estádio, a Curuzu é mais central e facilita em muito a ida do público aos jogos”, lembra Serra, observando ainda que o Vovô da Cidade dispõe, hoje, de boa infraestrutura.

 

“É um estádio que oferece conforto e segurança, além de contar com um gramado que não fica nada a dever aos dos principais estádios do país”.As despesas para a abertura do estádio estadual, segundo imagina Serra, chegam a cerca de R$ 10 mil, valor considerado “bastante alto”. “O Mangueirão, pelo porte que possui, tem um custo muito alto. Não sei se seria viável abrir apenas a metade do estádio para que as despesas possam ser menores”, comenta.

 

Na última temporada, prevaleceu o ‘Vovô’

 

Histórico

 

Em 2016, dos 19 jogos disputados pelo Paysandu, em Belém, 12 deles ocorreram na Curuzu. Após a estreia fora de casa, no empate (2 a 2) com o Ceará-CE, em Fortaleza, o Papão fez a sua primeira apresentação diante de sua torcida jogando no Mangueirão, quando não foi além de um empate (1 a 1) frente ao Oeste-SP. O resultado inesperado acabou fazendo com que a direção bicolor transferisse as partida do time como mandante para a Curuzu.

 

 

A medida, porém, acabou se mostrando ineficaz, com o time alternando bons e maus momentos no campeonato, provocando cobrança do torcedor, o que motivou a volta do time ao estádio estadual a partir da 24ª rodada, quando recebeu a visita do Brasil-RS, no empate por 1 a 1. A partir daí, outros cinco jogos foram disputados pelo time no Mangueirão, com o retorno a Curuzu ocorrendo nas últimas duas rodadas em jogos contra o Paraná-PR (1 a 1) e Criciúma-SC (1 a 2). 

 

Público

 

Os maiores públicos pagantes obtidos pelo Paysandu ocorreram em jogos no Mangueirão, tendo como ponto alto o confronto contra o Vasco-RJ, que trouxe a Belém o lateral-direito Yago Pikachu, principal atrativo do jogo, enfrentando pela primeira vez sua ex-equipe. Um total de 28.938 torcedores pagantes compareceu ao jogo. No mesmo local, outros jogos, contra o Oeste-SP, Bragantino-SP, Goiás e Sampaio Corrêa-MA, também registraram público pagante superior a 10 mil pessoas. Em nenhuma das partidas disputadas pelo time na Curuzu, o público chegou à mesma marca.

 

 

 

 

 

(Nildo Lima/Diário do pará)

 

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